Conselho vota relatório sobre denúncias contra Suassuna e Wellington
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar vota nesta terça-feira (11), a partir das 18h, o relatório do senador Moreira Mendes (PFL-RO) sobre as denúncias de irregularidades envolvendo os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB) e Wellington Roberto (PTB-PB). O pedido de abertura de investigação partiu do líder do Bloco Oposição, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), baseado em indícios constantes de reportagem da revista Época publicada em 20 de maio.
A reportagem trata da prisão de José Elísio Ferreira Júnior, empresário que seria ligado aos senadores paraibanos, e de Giovanni Riccardi, assessor de Wellington Roberto. Eles foram presos pela Polícia Federal, no Aeroporto de Brasília, com R$ 99,7 mil. De acordo com a revista, a quantia seria a segunda parcela do pagamento de propina cobrada das empreiteiras Fuad Rassi, de Goiânia, e Sercel, de Belo Horizonte, para que o Ministério da Integração Nacional, então sob o comando de Suassuna, liberasse R$ 3 milhões para obras em Catalão (GO).
O parecer de Moreira Mendes é pelo arquivamento da denúncia, por entender que não existem evidências concretas do envolvimento dos senadores em irregularidades. Ele citou o juiz federal Clóvis Barbosa, responsável pela prisão preventiva de Elísio e Riccardi, que afirmou não haver, "até o momento", vinculação do suposto tráfico de influência com qualquer parlamentar ou partido político.
O próprio Suassuna defendeu-se em Plenário, sustentando que José Elísio Ferreira nunca foi seu funcionário. Ele também justificou a liberação de recursos para a obra no município goiano. Segundo o senador, eram recursos alocados na rubrica "restos a pagar", ou seja, teriam que ser pagos sob pena de cancelamento.
07/06/2002
Agência Senado
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