Construtores de hidrelétricas não estão cumprindo compensações, diz Gurgacz



Em discurso nesta sexta-feira (9), o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), registrou os protestos da população de Jacy-Paraná, município distante cerca de 100 km do centro de Porto Velho, capital de Rondônia, contra a falta de atenção do poder público e das empresas responsáveis pela construção das hidrelétricas do Rio Madeira, que não estariam cumprindo o cronograma das compensações sociais e ambientais previstas.

Segundo disse, a população também está especialmente preocupada com a autorização dada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a modificação dos projetos originais de construção das usinas, o que ampliará a capacidade de produção de energia no complexo hidrelétrico. O aumento da cota nos reservatórios da usina de Santo Antônio em quase um metro vai ampliar a potência da usina, e o mesmo pode ocorrer com a usina de Jirau.

Os moradores temem, entretanto, que haja uma área maior de alagamento, atingindo novas comunidades e exigindo mais remoções, por isso, exigem explicações, segundo o senador. Além disso, exigem a execução das obras prometidas, como o hospital de obstetrícia, a delegacia, a instalação de coleta de lixo e a pavimentação de ruas, entre outros serviços.

-Somos a favor do aumento da produção de energia. Temos que aproveitar todo o potencial para gerar energia, mas temos que cuidar do efeito que isso vai causar aos que moram na região das barragens do Rio Madeira - observou.

Combate ao crack

Acir Gurgacz também elogiou a assinatura do convênio “Crack, é possível vencer”, entre o governo do estado e o Ministério da Justiça. Segundo disse, os recursos repassados permitirão a implantação de uma série de medidas para o enfrentamento do tráfico. Ele ressaltou a necessidade de uma ação unificada entre União, estados e municípios.

- Somente juntos, e principalmente com o apoio das famílias e das pessoas dependentes dessa droga que é um mal muito grande, é que vamos conseguir avançar e vencer – declarou.

Milho

O parlamentar relatou ainda uma reunião com representantes da Secretaria de Agricultura do estado, quando foi defendido o realinhamento do preço mínimo do milho produzido em Rondônia, já que o valor pago pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a formação de estoque aos produtores rondonienses, pouco mais de R$ 13, não é atrativo. Com isso, Rondônia acaba ficando sem estoques nos silos dos estados, para alimentar o rebanho bovino, de aves e suíno. Pediu ainda providências do governo federal para a expansão do programa Luz para Todos, fundamental para o produtor permanecer no campo e evitar o êxodo rural.



09/08/2013

Agência Senado


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