Corregedor analisa depoimentos de Bruno Miranda contra Renan



O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), está analisando todos os depoimentos dados pelo advogado Bruno Miranda Ribeiro Lins às Polícias Federal (PF) e Civil do Distrito Federal (PDF), nos quais este acusa o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o lobista Luiz Garcia Coelho, ex-sogro de Bruno, de terem montado um esquema de propinas para desviar recursos dos cofres públicos.

As denúncias de Bruno Miranda, publicadas pelas revistas Veja e Época, serviram como base para que o PSOL protocolasse a quarta representação no Senado contra Renan Calheiros, por quebra de decoro parlamentar.

Segundo Tuma, os três depoimentos de Bruno à Polícia Federal e um outro concedido à Polícia Civil do DF servirão como base para a elaboração de um relatório com o objetivo de instruir as investigações no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

- Estou analisando e fazendo comparações entre os depoimentos para verificar se as acusações são verdadeiras - afirmou Tuma, nesta quarta-feira (26), em entrevista à imprensa.

Segundo as matérias publicadas pelas duas revistas, o esquema funcionaria com a ajuda de um grupo de aliados do PMDB, partido de Renan, de maneira a beneficiar o banco BMG e demais instituições financeiras interessadas em receber concessão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para operar com empréstimos consignados a aposentados da Previdência.

Ainda de acordo com as publicações, Renan e o mesmo lobista teriam atuado em conjunto na tentativa de fraudar negócio com o fundo de pensão Postalis, dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, com o objetivo de construir um resort a preços superfaturados.

Bruno Lins foi casado com Flávia Garcia Coelho, filha de Luiz Garcia e funcionária do gabinete de Renan. Ele afirma que pegou no BMG e entregou pessoalmentea alguns políticos, por ordem de Luiz Garcia, sacolas cheias de dinheiro.

O processo está no Conselho de Ética, aguardando a designação de um relator para assumir a condução das investigações.



26/09/2007

Agência Senado


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