COUTINHO JORGE DEFENDE CUMPRIMENTO DO ORÇAMENTO
O senador Coutinho Jorge (PSDB-PA) disse hoje (dia 10) que o governo devia aplicar aos projetos previstos no Plano Plurianual e no Orçamento da União a mesma eficiência dedicada ao Programa Brasil em Ação, que inclui as principais metas do presidente Fernando Henrique Cardoso para o país. Ele se disse um defensor ardoroso do planejamento.
- Não tenho dúvida de que o processo de planejamento precisa ser aprofundado, levado mais a sério e ser uma atitude natural, normal, em qualquer época de qualquer administração pública - acrescentou.
Coutinho Jorge afirmou também esperar que, "no próximo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, essa estratégia do Programa Brasil em Ação seja uma estratégia com a qual Vossa Excelência amplie, realmente, os seus próximos quatro anos em favor do desenvolvimento do nosso país".
Quando o senador Josaphat Marinho (PFL-BA) o aparteou para dizer que é inútil esperar fidelidade governamental ao orçamento, visto que, em sua opinião, os governantes brasileiros "são arredios ao planejamento", Coutinho Jorge fez a ressalva de que, para a Amazônia, existe planejamento.
- Ali há um planejamento de, até o ano 2000, se energizar toda a região com alguns projetos que estão contemplados, por exemplo, no projeto Brasil em Ação - disse o senador. Ele reconheceu contudo que essa meta de eletrificação foi mal planejada, e comentou que, no Brasil, "faz-se planejamento imediato com uma previsão anual, esquecendo-se que as grandes decisões são de médio e longo prazos".
Coutinho Jorge também reconheceu que há um avanço do governo em relação ao Orçamento para 1998 quanto às prioridades do desenvolvimento social, já que, em sua opinião, muitas correções estão sendo feitas. Ele elogiou a estratégia para a execução do Brasil em Ação, mas insistiu na necessidade de ampliação dessa estratégia para as outras necessidades do país.
- Tenho esperança de que a coisa se encaminhe dessa forma. Já é um princípio viabilizar esses projetos contemplados no Brasil em Ação. Se eles forem viabilizados, não tenho dúvidas de que alguns segmentos, como o de infra-estrutura, dos portos, de energia e de transportes, sofrerão mudanças no Brasil - frisou.10/09/1997
Agência Senado
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