Covatti diz que intransigência do PT derrubou projeto do governo



O líder da bancada do PPB, deputado Vilson Covatti atribuiu a derrota do projeto do Governo que previa aumento de ICMS e incentivos para determinados setores da economia gaúcha à "intransigência do PT em aceitar a emenda proposta pela bancada progressista, que garantia o apoio proposto pelo Executivo sem penalizar a sociedade com o aumento da carga tributária".

Covatti explicou que a emenda do PPB apontou de onde sairiam as receitas da ordem de R$ 47,4 milhões para manter os incentivos: do contingenciamento de 11,8% das despesas correntes do Executivo, Legislativo e Judiciário, ficando de fora investimentos, Educação, Saúde, Segurança Pública e encargos com pessoal. "Mas a incompetência dos governistas prejudicou a análise da proposta", queixou-se.

Covatti classificou a promessa petista de contemplar as emendas através de decreto como demagógica. "Este Governo não cumpre o que promete, nem mesmo durante a campanha eleitoral. Além disso, se o Executivo quisesse oferecer incentivos a outros setores, utilizando o mecanismo do decreto, já teria feito isso nos três anos em que está à frente do Palácio Piratini", questionou. Para o líder progressista, a maioria do plenário mostrou que está sintonizada com todos os segmentos da sociedade, que posicionaram-se contrariamente a mais um aumento de impostos.

Ocupando a tribuna, Covatti destacou que a criação de fundos não passa de uma enorme demagogia e só serve de palanque para o PT. Como exemplo, citou o caso do fundo dos hospitais. "O PT encarregou-se de lotar essas galerias. Aprovamos o fundo e até agora nenhum centavo foi repassado. Usam o dinheiro para propagandas de páginas inteiras em jornais. Na área da agricultura, gastaram muito para fazer a festa da bicharada, em Nonoai, onde até o Diógenes de Oliveira, presidente do Clube de Seguros da Cidadania do PT, apareceu", criticou.

12/21/2001


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