Covatti diz que PT impõe perda inflacionário ao funcionalismo
O deputado Vilson Covatti, líder da bancada do PPB, disse hoje(17) que o reajuste salarial proposto pelo Governo do Estado aos professores públicos, e que poderá ser estendido a outras categorias funcionais, não repõe sequer 50% da inflação verificada durante a administração de Olívio Dutra. Além disso, destaca o deputado, a reposição é inferior a 40% do incremento da arrecadação do ICMS, e abaixo do percentual de elevação do salário mínimo nacional.
Covatti explica que a bancada do PPB fez uma análise comparativa, levando em consideração três índices: inflação (IGP-M), aumento na arrecadação de ICMS e crescimento do salário mínimo nacional. "Comparando-se estes índices com o pífio reajuste apresentado pelo Governo, pode-se dizer que a vontade política demonstrada pelo PT é a de arrochar os salários dos servidores, especialmente os de mais baixos vencimentos", explica.
O líder progressista acredita que a equipe técnica do PT está com sérios problemas de cálculos. Para Covatti, o estudo do PPB confirma que o magistério irá amargar, até o final deste ano, uma perda salarial em relação aos índices inflacionários, de 22,82%. "Isso, sem computarmos o insistente pedido de reposição dos famosos 190%, esquecidos como num passe de mágica pelo sindicato da categoria com aplausos do Palácio Piratini", ironizou.
O parlamentar lembra que a inflação medida durante o governo Olívio, até junho, alcança os 37,72%, enquanto o reajuste não superou os 14,9%.
Outro ponto destacado no levantamento da bancada, segundo Covatti, refere-se ao crescimento da arrecadação do ICMS, principal tributo do Estado. "Nos 30 meses do Governo do PT, os cofres do Tesouro receberam um incremento real de 63,88%, "demonstrando a falsidade dos argumentos oficiais de que não existem recursos", afirma. O líder progressista menciona também, o fato de que o salário mínimo nacional, no mesmo período, apresentou uma elevação de 38,46%, "muito além da proposta de um Governo que prometeu resgatar a dignidade do funcionalismo através do contra-cheque e muito aquém do criticado salário mínimo nacional".
Covatti alerta, ainda, que os servidores devem ficar atentos, uma vez que o Palácio Piratini prepara-se para promover um verdadeiro saque no bolso do funcionalismo, elevando o desconto do IPE dos atuais 11% para 17,6%. "Nem o FMI esperaria tanto em termos de arrocho", finalizou
07/17/2001
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