Covatti garante que rombo no caixa único é questão de Estado
O líder da bancada do PPB, deputado Vilson Covatti, afirmou hoje (27/08) que o rombo de aproximadamente R$ 1,5 bilhão no caixa único do Estado, provocado por saques a descoberto da secretaria da Fazenda, aliado à fuga do Executivo em esclarecer o assunto à opinião pública gaúcha e a negativa de apontar solução para o grave problema gerado, extrapolou a esfera político-partidária e transformou-se numa "questão de Estado".
Tendo em vista a iminente crise financeira que se aproxima rapidamente, o progressista pretende alertar aos demais líderes do Legislativo na reunião programada para a próxima terça-feira.
Covatti defende a idéia de que o Legislativo, que tem em suas prerrogativas constitucionais a garantia de fiscalizar os atos do governo, deve chamar para si a responsabilidade de averiguar o assunto com a devida profundidade e com a prioridade exigida. "São muitas denúncias e notícias desencontradas sobre os saques. Integrantes do primeiro escalão do governo Olívio confirmam a retirada dos recursos, mas o Executivo continua discursando a favor da transparência, sem tomar sequer uma atitude prática para trazer a verdade à tona", argumentou.
O progressista disse, ainda, que o governo tem feito o possível e o impossível para "esconder os fatos da sociedade. Se efetivamente for confirmado o déficit de caixa de R$ 1,5 bilhão, o Executivo terá de economizar cerca de R$ 100 milhões a cada mês para repor o valor sacado até o final desta administração. Matematicamente isso jamais será alcançado. O Rio Grande do Sul está à beira da insolvência", lamentou.
Covatti lembra, inclusive, que o governador vetou emenda aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), obrigando o Executivo a incluir no orçamento do próximo ano, a reposição dos saques do caixa único. "O veto é a demonstração mais contundente de que o governo do PT se prepara para deixar o Palácio Piratini com um gigantesco rombo de caixa", previu.
08/27/2001
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