CPI da Corrupção: Alvaro Dias insinua que 'rastelo da faxina é banguela'



O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR) voltou a defender, nesta segunda-feira (22) a criação de uma CPI para investigar casos de corrupção no governo. O senador criticou o que chamou de passividade do Senado e afirmou que os discursos de apoio à presidente Dilma Rousseff que têm sido feitos por alguns senadores não são suficientes.

- Nós imaginamos que alguns senadores estejam bem intencionados quando afirmam estar cumprindo seu dever ao apoiar a presidente Dilma, que realiza uma faxina. Sem ironizar, esse rastelo não está banguela? - questionou o senador, que considera a faxina seletiva e afirma que as ações da presidente só se dão a reboque da imprensa.

Alvaro Dias disse considerar a criação de uma CPI um dever do Congresso, que não pode ser impedido de cumpri-lo pelo governo. O senador lembrou da prerrogativa do Legislativo de fiscalizar o Executivo e de investigar denúncias.

- O instrumento adequado para o cumprimento desta missão é a Comissão Parlamentar de Inquérito. Não temos outro - disse Alvaro Dias, que teme que o Congresso seja "atropelado" pela opinião pública.

Até a tarde desta segunda-feira, a página criada na internet por deputados e senadores para acompanhar o pedido de criação de uma CPI mista reunia assinaturas de 115 deputados e 20 senadores. Para criar a CPI, são necessárias assinaturas de 171 deputados e 27 senadores. Alvaro Dias garante que a oposição continuará em busca de mais assinaturas.

- Nós vamos continuar ouvindo ministros, mas isso não basta. Nós vamos continuar insistindo na instalação da CPI da Corrupção no Congresso Nacional. Esse é o nosso dever - afirmou o senador que disse não ter falsas expectativas, já que a oposição é minoria no Congresso.



22/08/2011

Agência Senado


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