CPI da exploração sexual irá ao Rio Grande do Sul ouvir supostos aliciadores
Pela segunda vez, os irmãos Aldoino Lodi e Jandir Lodi - acusados de serem aliciadores de menores para prostituição - deixaram de comparecer nesta terça-feira (16) a um depoimento agendado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga casos de exploração sexual de crianças e adolescentes. A presidente da CPI, senadora Patrícia Saboya (PPS-CE), e a relatora Maria do Rosário (PT-RS) decidiram marcar para os próximos dias 26 e 27 audiências públicas no Rio Grande do Sul a fim de que os acusados sejam ouvidos.
Os irmãos Lodi deixaram pela segunda vez de vir a Brasília e não compareceram a uma outra audiência pública, realizada pela comissão em terras gaúchas. Dessa vez, alegaram que não houve tempo hábil entre a convocação da CPI e a data da audiência. A deputada Maria do Rosário destacou que foram observados os prazos definidos pelo regimento da comissão. "É preciso ouvir os dois irmãos", destacou Patrícia Saboya.
Os Lodi são acusados de fazerem parte de uma rede de exploração sexual de adolescentes em Soledade (RS) e foram incriminados pelo depoimento de diversas adolescentes ouvidas pela CPI. De acordo com as moças, os serviços delas era oferecidos a brasileiros e estrangeiros que procuravam a cidade com objetivo de comerciar pedras.
Os trabalhos da CPI deverão ser concluídos até maio, de acordo com a relatora. Até lá, a comissão terá uma agenda de viagens intensa. Além dessa audiência pública no Rio Grande do Sul, foram marcadas outras no Rio de Janeiro (29/3), Manaus (15/4), Belém (16/4), João Pessoa (19/4), Natal (20/4), Cuiabá (26/4), Fortaleza (3/5) e Porto Velho (7/5). Existe previsão de realização na Bahia e em Minas Gerais de encontros dos blocos temáticos, que estudam sugestões para diminuir o problema da exploração sexual de menores.
16/03/2004
Agência Senado
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