CPI da Segurança: Zulke contesta acusaçõs de triangulação financeira



O deputado Ronaldo Zulke (PT) contesta as acusações do relator da CPI da Segurança Pública, Vieira da Cunha (PDT), de triangulação nas operações financeiras do Clube da Cidadania para favorecer o PT.

Zulke ressalta que o Clube da Cidadania é uma entidade regularmente registrada, cuja finalidade é promover a cidadania e também auxiliar partidos políticos. Segundo o parlamentar, as doações feitas à entidade são absolutamente regulares e foram devidamente contabilizadas, como exige a lei. “Tanto é verdade que o próprio Clube quebrou os sigilos fiscal e financeiro e repassou ao Ministério Público, quando surgiram os primeiros rumores sobre supostas irregularidades em suas operações”, salienta.

O petista afirma ainda que nenhuma doação do Clube da Cidadania ao PT foi feita em 1998, contrariando a versão disseminada pela oposição de que as contribuições recolhidas tinham como finalidade patrocinar a campanha petista à sucessão estadual. Sobre a compra do prédio onde funciona a sede do PT, Zulke esclarece que o imóvel é patrimônio do Clube e não do partido, como a oposição insiste em alardear. “O prédio, localizado na Avenida Farrapos, é de propriedade do Clube, tendo sido cedido em regime de comodato ao PT. E não há nisso nada de ilegal”, enfatiza.

O parlamentar considera ainda que os depoimentos desta segunda-feira não acrescentaram nada às investigações na área da segurança pública. “Se o objeto de investigação passou a ser as contas partidárias, esperamos que inclua todas as siglas e as entidades que lhes são próximas e não apenas o PT e o Clube da Cidadania”, protesta o parlamentar. Para ele, por coerência, a CPI deveria se debruçar também sobre as contas de campanha do PMDB, cujos valores “surpreenderam a sociedade gaúcha”, e das demais siglas que disputaram o pleito em 98.


10/23/2001


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