Zulke diz que “contrabando de indiciamentos” da CPI da Segurança não vingou



O parecer emitido pela Procuradoria Jurídica da Assembléia Legislativa impede o indiciamento do secretário da Segurança, José Paulo Bisol, e de mais três funcionários públicos pelo relatório da CPI da Segurança Pública, que será votado em plenário e encaminhado ao Ministério Público.

O parecer foi motivado por requerimento apresentado pelo deputado Ronaldo Zulke (PT) pedindo providências a respeito da intenção do relator da CPI, Vieira da Cunha, de incluir na lista dos indiciados nomes que não foram lidos durante a sessão de votação do relatório. “O parecer da Procuradoria da Assembléia não podia ser diferente, sob pena de avalizar uma barbaridade, uma aberração formal e um golpe da oposição”, observa Zulke.

Ele considera que o parecer desmonta mais uma tentativa de fraude capitaneada pelo relator da CPI. “Não poderíamos esperar outro comportamento de um relator que entregou provas a testemunhas, amorcegou na investigação da banda podre e, por fim, tentou contrabandear indiciamentos no seu próprio relatório”, analisa o petista.

O petista lembra que foi o próprio secretário Bisol que, em entrevista coletiva, chamou a atenção da opinião pública para o fato de que o relatório da CPI não indiciava nenhuma autoridade ligada à área segurança pública. “Depois que o Bisol ironizou o cochilo da oposição, que não apresentou um relatório sobre segurança, mas sobre o PT, é que o relator resolveu contrabandear o indiciamento do secretário, do secretário substituto, do chefe de polícia e do presidente do inquérito sobre o jogo do bicho. No entanto, a tentativa de golpe não vingou”, frisa.

Sobre a intenção do relator e do presidente da CPI de apresentar queixa crime ao Ministério Público contra autoridades da área da segurança, Zulke afirma que se trata de uma tentativa desesperada da oposição de esconder a derrota que sofreu com o parecer da Procuradoria. “Esta atitude demonstra a fragilidade e a inconsistência do relatório, que nem foi apreciado pelo plenário, e já está sendo remendado pelo próprio autor”, conclui.


11/20/2001


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