CPI do Apagão Aéreo do Senado acerta cooperação com Câmara e outros órgãos



O presidente, Tião Viana (PT-AC), e o relator, Demóstenes Torres (DEM-GO), da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo no Senado acertaram, nesta quinta-feira (17), um acordo de cooperação com a comissão que trata do mesmo tema na Câmara dos Deputados, visando à troca de informações.

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Durante a reunião, o presidente da CPI do Apagão da Câmara, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), em entrevista à imprensa, disse que a necessidade de trabalho conjunto das comissões das duas casas é fundamental para que não haja sobreposição de funções e se chegue a conclusões semelhantes.

- Imaginemos se trabalhássemos separadamente e a Câmara chegasse a uma conclusão e o Senado a outra diferente. Seria um escândalo e a imagem do Congresso Nacional ficaria arranhada - disse o deputado.

Discordando da posição de Marcelo Castro quanto à inconveniência de conclusões divergentes nas duas comissões, o senador Demóstenes Torres considerou aceitável a possibilidade de julgamentos distintos nos dois colegiados.

- É claro que, como o fato é o mesmo, a tendência é que tenhamos a mesma conclusão. Mas acho que não seria um escândalo. Seria uma divergência ocasional de um ponto ou outro. Pode ser que as casas, pela autonomia que têm, pela diversidade da composição, até por questões políticas, venham a definir de forma diferente - opinou.

Os senadores visitaram ainda, em busca de apoio para as investigações da CPI, o procurador-geral da república, Antônio Fernando de Souza; o ministro Jorge Hage Sobrinho, da Controladoria-Geral da União; e o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda.

Além do compartilhamento de informações, os chefes dos dois primeiros órgãos se comprometeram a ceder auditores para auxiliar nas investigações. Já Paulo Lacerda cedeu à CPI, em tempo integral, o delegado Renato Sayão, que presidiu o inquérito sobre as causas da queda do avião da Gol.

A CPI do Apagão Aéreo no Senado foi criada para, em 180 dias, apurar causas e responsabilidades relacionadas aos atrasos e superlotações de vôos, as causas do acidente com o avião da Gol em setembro do ano passado - o maior da história da aviação brasileira, que resultou em 154 mortes - e as denúncias de corrupção na Infraero.



17/05/2007

Agência Senado


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