Renan reafirma ser contrário a CPI do Apagão Aéreo no Senado



"Sou contra a CPI, acho que ela não colabora", afirmou nesta terça-feira (17) o presidente do Senado, Renan Calheiros, em entrevista coletiva à imprensa, após sair de reunião com líderes partidários no gabinete da Presidência. Para Renan, as investigações do chamado "apagão aéreo" deveriam ficar por conta do Ministério Público, do Poder Judiciário e da polícia.

- Se for necessário instalar [a CPI], que se instale na Câmara, que tem a precedência, pois foi lá que esse assunto começou a ser discutido primeiro - disse Renan.

Mas o líder dos Democratas, senador José Agripino (RN), avisou durante a reunião: na quarta-feira (18) vai protocolar o requerimento pedindo a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar as causas do "apagão aéreo". Depois de protocolado, o requerimento terá as assinaturas dos senadores conferidas e depois os partidos poderão indicar membros para o colegiado. Para Agripino, a CPI deverá investigar as causa e apontar soluções "para que o apagão aéreo não aconteça nunca mais".

De acordo com o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que também participou da reunião com Renan, os partidos da base do governo acham desnecessária a CPI no Senado. Jucá disse que o governo não vai interferir para tentar impossibilitar a comissão de inquérito.

- O governo não teme CPI. O governo não interfere em CPI, e não vai fazer nenhuma ação para barrar CPI nem para retirar assinaturas; nenhum procedimento que tente impedir o funcionamento da comissão - garantiu Jucá.

17/04/2007

Agência Senado


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