CPI do Banestado convoca Celso Pitta



A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) destinada a apurar evasão de divisas - a CPI do Banestado - aprovou nesta quinta-feira (11) dois requerimentos da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) solicitando a convocação do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, para prestar depoimento, e a quebra dos seus sigilos fiscal, bancário e telefônico. O relator da CPI, deputado José Mentor (PT-SP), afirmou que agora, diante do atual estágio de investigações da comissão, o momento é adequado para aprovação desses requerimentos. A data do depoimento de Pitta ainda será agendada.

Serys Slhessarenko apresentou os requerimentos baseada em denúncias feitas pela própria ex-mulher do prefeito, Nicéia Pitta. O deputado José Mentor afirmou, ao relatar detalhes sobre as investigações realizadas por ele em diversos estados, que deverá, nos próximos 15 dias, receber documentos envolvendo no âmbito de investigação da comissão o ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf.

A comissão examinou 23 requerimentos nessa reunião. Além de Pitta, também será ouvido pela comissão o empresário Mário Calixto Filho, que não tomou posse como senador por decisão Judicial. Calixto denunciou em carta à CPI o suposto interesse político e econômico de um membro da CPI no estado Rondônia. O requerimento pedindo o comparecimento de Calixto foi apresentado pelo senador Heráclito Fortes (PFL-PI).

Em outro requerimento, a CPI quebrou o sigilo telefônico entre 1996 e 2002 de 27 pessoas físicas e jurídicas envolvidas no caso Banestado. Esse requerimento também foi de autoria de Serys. Os outros requerimentos aprovados na reunião administrativa da comissão tratam da quebra de sigilo fiscal e telefônico e convocação de envolvidos ou especialistas em evasão fiscal. Também foram convocados representantes de empresas que tenham sido denunciadas pela imprensa. Só em dois relatórios do deputado Alexandre Santos (PP-RJ) foram convocados representantes de 42 empresas envolvidas no escândalo Propinoduto, ocorrido no Rio de Janeiro.

José Mentor afirmou que as viagens feitas para estados como São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná foram importantes para aumentar a base de dados da comissão e fundamentar as investigações. Mentor informou que será preciso ainda fazer viagens ao exterior, especialmente à Itália, Suíça e Estados Unidos. "As investigações estão avançando bastante", afirmou Mentor.



11/03/2004

Agência Senado


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