CPI DO ROUBO DE CARGAS CONVOCA REPRESENTANTES DE EMPRESAS DE TRANSPORTE



A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o roubo de cargas decidiu, nesta terça-feira (dia 23), convidar para sua próxima reunião Romeu Natal Panzan, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp), e Augusto Dalçoquio Neto, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas de Santa Catarina (Fetrancesc).
Eles são os primeiros de uma lista de 20 nomes já aprovados para comparecer à CPI, que espera também a participação do ministro da Justiça, José Gregori. Por enquanto foram relacionados empresários e sindicalistas do setor, além de Álvaro Henrique Viana de Morais, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, e de Genézio Bernadino de Souza, diretor do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).
A comissão decidiu ainda solicitar ao deputado Magno Malta (PTB-BA), presidente da CPI do Narcotráfico, e Nélson Marchezan (PPB-RS), presidente da CPI dos Medicamentos, que tornem disponíveis todos os documentos e informações que se relacionem com o roubo de cargas. Serão convocados vários indiciados por essas CPIs.
O senador Moreira Mendes (PFL-RO) sugeriu que também sejam solicitadas as informações em poder das secretarias de segurança dos estados da federação. Já está pautada, também, uma visita da CPI do roubo de cargas à cidade de Paranaguá - PR, com data a ser definida.
Os deputados estaduais paranaenses César Seleme, Edson Prazik e Agacy Túlio, integrantes das CPIs da Assembléia Legislativa do Paraná que investigam o roubo de cargas e o narcotráfico entregaram ao senador Romeu Tuma (PFL-SP), presidente da CPI do roubo de Cargas, os relatórios com os resultados das investigações.
- As quadrilhas têm uma organização empresarial, com tanta força ou mais do que qualquer indústria. Eles praticam seus crimes por encomenda - afirmou Tuma, para quem a polícia tem recebido poucos recursos para lutar contra um crime interestadual e internacional. Ele acredita que, no decorrer dos trabalhos da CPI, possam ser descobertas várias empresas de fachada.
De acordo com o senador, a grande dificuldade é identificar os receptadores e intermediários do negócio, porque normalmente não há materialidade de provas. Romeu Tuma disse ainda que é necessária a implementação de um plano nacional de segurança pública.

23/05/2000

Agência Senado


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