CPI MISTA OUVE REPRESENTANTES DE CORRETORAS DE SEGUROS
Durante a última reunião da CPI, na terça-feira passada (dia 6), o deputado maranhense César Bandeira (PFL-MA) denunciou o prefeito de Vitorino Freire (MA), Juscelino Rezende, de ser o principal receptador de cargas roubadas no estado. Na mesma ocasião, o deputado Pompeo de Mattos (PPB-RS) entregou ao presidente da Comissão, senador Romeu Tuma (PFL-SP), um dossiê sobre os assassinatos de motoristas de caminhão no Rio Grande do Sul e pediu a convocação da testemunha-chave Jorge Méres, que durante dois anos teria integrado uma quadrilha que roubava cargas em São Paulo.
Ainda na reunião de terça-feira, Eduardo Ferreira Rebuzzi, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Rio de Janeiro, registrou que o número de crimes no estado sofreu um pequeno decréscimo entre junho e outubro do ano passado, no período em que a Secretaria Estadual de Fazenda esteve colaborando com a polícia, levantando dados para descobrir receptadores. Outro depoente, Saulo Ivo Lamb, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Cargas de Foz do Iguaçu (PR), defendeu um maior controle na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
O último depoente da reunião da CPI Mista, Clóvis Nogueira Bezerra, do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Ceará, informou que os ladrões chegam a andar com boletins de ocorrência falsos antes mesmo de serem presos pela polícia. A partir de agosto a Comissão deverá visitar vários estados brasileiros, entre eles Ceará, Maranhão, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
Além de apurar o roubo de cargas no país, a CPI tem como objetivo criar mecanismos capazes de coibir a atuação de quadrilhas especializadas. Na sua reunião de instalação, o relator, deputado Oscar Andrade (PFL-RO), informou que a preferência dos assaltantes é pelas mercadorias que podem ser revendidas com maior facilidade, como alimentos (23% das ocorrências), cigarros (16%), confecções (13%), equipamentos eletroeletrônicos (9%) e medicamentos (6%). Já o presidente Romeu Tuma acredita que o roubo de cargas é feito sob encomenda e a entrega é feita quase que imediatamente após a sua concretização, dificultando a atuação da polícia.
Na reunião da CPI Mista realizada no dia 30 de maio, em depoimentos sigilosos, empresários e representantes de transportadoras informaram nomes de pessoas supostamente envolvidas com o roubo e desmanche de caminhões. Também foi aprovada a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de 26 pessoas e empresas. A lista foi elaborada a partir dos trabalhos das CPIs do Narcotráfico e dos Medicamentos, da Câmara dos Deputados.
09/06/2000
Agência Senado
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