CPI ouve presidente da Abong e representante de ONG canadense



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que examina denúncias de irregularidades em organizações não-governamentais (ONGs) deve ouvir nesta terça-feira (3), após a Ordem do Dia, exposição do presidente da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong), Sérgio Haddad. Na mesma reunião, deve tomar o depoimento do representante, no Brasil, da ONG canadense Focus on Sabbatical, José Antonio dos Santos.

A CPI quer saber de Sérgio Haddad se ele tem conhecimento de denúncias contra entidades associadas à Abong, qual o desempenho dessas ONGs, que trabalho realizam e se preenchem todos os requisitos legais para funcionar. De acordo com informações da secretaria da CPI, Haddad já foi convidado algumas vezes a prestar informações à comissão e, em todas elas, alegou compromissos anteriormente assumidos para não comparecer. Até a manhã desta segunda-feira (2), não havia confirmado sua presença na reunião desta terça.

Com o depoimento de José Antonio, a comissão pretende obter maiores esclarecimentos sobre denúncia veiculada pelos meios de comunicação de que o produtor rural canadense Kenneth Goudy, fundador da ONG Focus on Sabbatical, teria proposto pagar aos produtores brasileiros para que parassem de plantar soja, com o objetivo de aumentar o preço do produto em decorrência de sua escassez no mercado. A oferta, conforme registrado pela CPI em relatório, visava reduzir em 15% a produção de soja brasileira mediante o pagamento de US$ 165 por hectare de soja não produzido no Brasil.

Para falar sobre o assunto, esteve na CPI, no último dia 12, o ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ribeiro. Ele disse aos integrantes da comissão que as investigações a respeito do caso estavam em andamento e que, de acordo com o que havia sido apurado até aquela data, a ONG canadense não teria registrado junto à Secretaria Nacional de Justiça qualquer pedido de autorização para funcionamento no Brasil. De acordo com averiguação preliminar instaurada pela Secretaria de Direito Econômico, citada na reunião, a ONG tem 3.500 produtores canadenses e 500 norte-americanos como afiliados.



02/12/2002

Agência Senado


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