CPI tem acesso a arquivos do Banestado em Nova York



A Procuradoria de Justiça de Manhattan colocou 270 caixas de documentos com toda a movimentação bancária da agência do Banestado em Nova York à disposição dos deputados e senadores da CPI que investiga a evasão de divisas através de contas CC5 e prometeu colaborar para rastrear no sistema bancário americano o destino do dinheiro originário de Foz do Iguaçu (PR). A disposição dos procuradores de ajudar na identificação dos beneficiários das remessas irregulares foi comemorada pelos parlamentares brasileiros.

Antero classificou a reunião dos integrantes da CPI com os procuradores como extraordinária, e disse que os procuradores de Manhattan revelaram enorme disposição de colaborar com a CPI e com todas as autoridades brasileiras que estão investigando a evasão de divisas.

- Está sepultada, portanto, qualquer possibilidade de a CPI não ter acesso aos documentos, acrescentando. Quem tem motivos para tomar calmante pode consultar o médico desde já e obter a receita - comentou.

Nesta quinta-feira (28) pela manhã os assessores da CPI do Banestado que viajaram para os Estados Unidos terão sua primeira reunião de trabalho com os procuradores americanos para analisar a documentação já recolhida e selecionar aqueles de interesse para o prosseguimento das investigações.

O senador informou que os integrantes da CPI regressarão ao Brasil na sexta-feira (29) tendo em mãos uma parte dos registros da movimentação bancária do Banestado de Nova York. O restante será trazido pelos assessores, que deverão permanecer mais tempo nos Estados Unidos para completar o levantamento do material.

- Os que apostavam no fracasso da missão da CPI quebraram a cara. Chegamos à fonte principal de informações e às pessoas que têm a chave da porta que esconde os corruptos, os sonegadores, os que usaram laranjas e esquemas fraudulentos para fazer remessas ilegais e para lavar dinheiro. Estamos a um passo de colocar as mãos nos verdadeiros criminosos - disse o presidente da CPI.

Antero Paes de Barros disse que a CPI vai continuar a trabalhar com cautela e precaução para não enxovalhar a honra de inocentes, mas já tem em mãos os dados que precisa para pegar os culpados.

- Volto dos Estados Unidos convencido de que a CPI não vai acabar em pizza - concluiu o senador.



27/08/2003

Agência Senado


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