CPI VOLTA A INVESTIGAR CASO MARKA-FONTECINDAM



Além de investigar, na prorrogação de seus trabalhos, irregularidades no Excel, a CPI dos bancos decidiu reabrir o caso Marka-FonteCindam, por causa dos depoimentos de dois inspetores do Banco Central à Polícia Federal. Conforme o relator da CPI, senador João Alberto (PMDB-MA), notícia publicada pelo jornal O Dia informa que houve "muita contradição" entre o que os inspetores disseram à Polícia e o que ex-diretores do Banco Central afirmaram à CPI.
- Talvez essas contradições mostrem alguma mentira dita tanto à CPI quanto à Polícia Federal. Primeiro, vamos ler os depoimentos dos auditores à Polícia. Vamos também conversar com os investigadores da DPF e os procuradores do Ministério Público que estão no caso - disse João Alberto.
Como resultado da prorrogação, a CPI irá reconvocar para depoimentos o ex-dono do Banco Nacional, Marcos Magalhães Pinto, e o presidente do Unibanco, Pedro Moreira Sales. Eles tinham sido convocados para depoimento em agosto, mas a falta de tempo impediu que fossem ouvidos. O Unibanco comprou o Nacional, numa operação que envolveu grandes quantias de dinheiro do Proer.
Em reunião administrativa realizada no início da noite da última terça-feira (dia 21), os senadores discutiram a prorrogação da CPI, as denúncias da revista IstoÉ Dinheiro sobre o Banco Excel e as decisões do STF sobre a conduta de CPIs. No geral, o Supremo reconheceu que as CPIs têm poder para quebrar sigilo bancário, telefônico e fiscal de qualquer pessoa investigada, sem prévia autorização judicial.

22/09/1999

Agência Senado


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