CPI: Zulke entrega processo cancelando compra de equipamento de escuta
O deputado Ronaldo Zulke (PT) entregou ao presidente da CPI da Segurança Pública, Valdir Andres (PPB), cópia do processo administrativo que cancelou a compra de equipamento portátil para escuta telefônica, também conhecido como malas pretas, pela Secretaria de Segurança do Estado.
O processo para a aquisição do material foi aberto em 1998 pelo então secretário José Fernando Einchenberg e cancelado no ano seguinte pelo atual governo. “Suspendemos a compra porque não temos interesse neste tipo de material e porque houve, injustificada, dispensa de licitação”, salienta Zulke.
Na opinião do parlamentar, a entrega do processo administrativo sepulta o item 10 do requerimento inicial da CPI da Segurança, que trata de suposta espionagem ilícita por parte das polícias gaúcha. “O simples cancelamento desta compra revela a concepção diferenciada que norteia o trabalho de inteligência das polícias no atual governo”, avalia.
Segundo o parlamentar, o serviço de inteligência, mantido pelo governo democrático e popular, atua nos limites da Constituição Federal e tem como único objetivo manter a ordem pública. “A oposição pode ficar tranquila. Ao contrário dos governos conservadores e autoritários, não bisbilhotamos a vida privada dos cidadãos nem espionamos suas atividades políticas”, compara.
Zulke frisa ainda que a principal preocupação do serviço de inteligência e de estratégia é contribuir para combater o crime organizado e a banda podre da polícia.
Distorção
Ronaldo Zulke protestou, durante a sessão da CPI desta segunda-feira dia 10 de setembro, contra as distorções dos depoimentos praticadas pela oposição. “Ouvem uma coisa dentro da CPI e divulgam outra completamente diferente. A continuar esta pratica teremos que solicitar as cópias taquigráficas dos depoimentos e divulgar para a imprensa para estancar a boataria promovida pela oposição.”
O parlamentar petista afirma ainda que, na tentativa de atingir o governo, integrantes da CPI fazem interpretações “absolutamente fantasiosas e delirantes” dos fatos. “Só posso atribuir isto ao desespero e a frustração de quem passou três meses tentando provar alguma denúncia contra o governo e não conseguiu”, conclui.
09/10/2001
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