CRE APROVA CELSO AMORIM PARA CHEFIAR DELEGAÇÃO EM GENEBRA



A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), presidida pelo senador José Sarney (PMDB-AP), aprovou nesta terça-feira (dia 16), por unanimidade, a indicação do ministro de primeira classe Celso Luiz Nunes Amorim para o cargo de embaixador-chefe da Delegação Permanente do Brasil em Genebra, Suíça. A mensagem de indicação será submetida agora à deliberação do plenário.José Sarney disse que a delegação brasileira em Genebra é muito importante porque representa os interesses do país na Organização Mundial do Comércio (OMC), uma organização que regula o comércio internacional e resolve os conflitos entre os países para evitar discriminações.O embaixador Celso Amorim foi ministro das Relações Exteriores de 1993 a 1994 e chefiava a missão do Brasil junto às Nações Unidas desde 1995. De acordo com o indicado, a delegação em Genebra representa o Brasil em diversos organismos e fóruns internacionais sediados naquela cidade, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Comissão de Direitos Humanos e a Conferência sobre Desarmamento, além da OMC.- O Brasil é membro permanente, desde 1972, da Conferência de Desarmamento, que inicialmente só tinha países de um lado e de outro da extinta Cortina de Ferro. Assim que houve a primeira ampliação, passando de 10 para 18 países, o Brasil passou a ser membro em caráter permanente. Temos participado da negociação de acordos importantes como o Tratado de Proibição de Armas Químicas e, mais recentemente, do Acordo de Proibição de Testes Nucleares e por termos assumido todos os compromissos possíveis na área de não- proliferação de armas nucleares, temos uma grande força moral para lutar pela eliminação total desse tipo de armamento - explicou Amorim.A CRE também aprovou pareceres favoráveis a sete acordos internacionais que tratam de serviços aéreos entre Brasil e Hungria; combate ao narcotráfico e ao contrabando de armas entre Paraguai e Brasil; criação da Comissão de Cooperação e Desenvolvimento Fronteiriço entre Brasil e Argentina; isenção parcial de visto entre Tailândia e Brasil; prevenção e punição de crimes contra pessoas que gozam de proteção internacional, inclusive agentes diplomáticos; acordo comercial entre Brasil e Indonésia; e o Convênio Interamericano sobre permissão internacional de radioamador. O senador Bernardo Cabral (PFL-AM) destacou o "trabalho meritório" prestado pelo radioamadorismo no Brasil quando ainda não havia um sistema de telecomunicações que integrasse todo o país. O senador revelou que, ainda hoje, os radioamadores prestam grandes serviços na Amazônia e declarou seu voto favorável ao convênio. Os acordos apreciados pela CRE irão ainda a votação no plenário.

16/03/1999

Agência Senado


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