CRE enviará missão para convidar Ingrid Betancourt a visitar o Senado



A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) enviará à Colômbia uma "missão de solidariedade" à ex-senadora Ingrid Betancourt, que foi libertada na quarta-feira (2) pelo Exército daquele país depois de ter passado seis anos em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ). A missão deverá convidar a ex-senadora a fazer uma visita ao Senado do Brasil, para relatar a sua experiência nos últimos anos.

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A decisão de enviar a missão à Colômbia foi anunciada pelo presidente da comissão, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), atendendo a uma sugestão apresentada pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) logo no início da reunião de quinta-feira (3). Poucos minutos antes, emissoras de televisão haviam divulgado imagens do primeiro encontro de Ingrid com seus filhos, que haviam viajado de Paris a Bogotá a bordo de um avião cedido pelo governo francês.

Além do próprio Suplicy, comporão a missão os senadores José Nery (PSOL-PA), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), Romeu Tuma (PTB-SP) e Serys Slhessarenko (PT-MT). A viagem dos parlamentares a Bogotá deverá ocorrer depois do retorno à capital colombiana de Ingrid Betancourt, que anunciou a intenção de passar alguns dias em Paris.

- Os senadores farão uma visita de solidariedade e levarão pessoalmente o convite para que a ex-senadora Ingrid venha ao Brasil - disse Heráclito.

Ao comentar a decisão, Rosalba Ciarlini elogiou a operação de resgate de Ingrid Betancourt. Ela definiu a ex-senadora como "um símbolo de força e garra para todas as mulheres".

A comissão aprovou ainda um requerimento de José Nery de voto de congratulações ao governo colombiano pela libertação da ex-senadora. A operação militar de resgate de Ingrid foi definida pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) como "bem sucedida e necessária". Azeredo e Suplicy defenderam a retomada das negociações de paz entre o governo colombiano e as Farc.

Frota

Durante a reunião, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou a decisão do governo dos Estados Unidos de reativar a quarta frota da Marinha, que atua no Atlântico Sul. Ele disse ser "radicalmente contra" a reativação da frota, a respeito da qual afirmou ter as "piores recordações" - relativas à participação do governo norte-americano na deposição do então presidente brasileiro João Goulart, em 1964.

Em apoio a Simon, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) sugeriu que uma comitiva de senadores apresentasse as preocupações em relação à reativação da quarta frota ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel. O presidente da comissão aceitou a sugestão e pediu a Cristovam e a Eduardo Suplicy para visitarem Sobel.

Marcos Magalhães / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)



03/07/2008

Agência Senado


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