CRE pede imediata libertação de Ingrid Betancourt



A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou, nesta quinta-feira (3), um apelo às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para que libertem "o mais breve possível" a ex-senadora Ingrid Betancourt, seqüestrada há seis anos e que se encontra em precárias condições de saúde. O apelo está contido em voto de solidariedade à mãe de Ingrid, Yolanda Pulecio, apresentado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

Em seu requerimento, que contou com voto favorável do relator ad hoc, senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), Suplicy afirma que a liberação da ex-senadora e ex-candidata à Presidência da República da Colômbia poderá contribuir para o sucesso de um acordo humanitário proposto pelo governo colombiano para a troca de reféns por rebeldes presos.

Foi igualmente aprovado requerimento do senador José Nery (PSOL-PA) de realização de audiência pública com integrantes da Comissão de Paz da Câmara de Representantes do Poder Legislativo colombiano e o embaixador da Colômbia no Brasil, Tony Jozame Amar. A audiência seria destinada à "troca de informações acerca do esforço humanitário que visa a liberação dos reféns das Farc, bem como presos que se encontram nos cárceres colombianos".

O requerimento de José Nery foi aprovado depois que ele concordou em retirar do texto inicial a expressão "presos políticos" e trocá-la por "presos", simplesmente. Os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Eduardo Suplicy ponderaram que, ao mencionar a expressão "presos políticos", a comissão estaria tomando partido no conflito entre as Farc e o governo colombiano.

Suplicy apresentou dois outros requerimentos aprovados pela CRE. O primeiro deles solicita que o Senado acompanhe "com atenção" os entendimentos para que se garanta o "processo de aperfeiçoamento das instituições democráticas da Bolívia".

O segundo requerimento solicita a inclusão do conteúdo da reportagem "O Brasil na academia da repressão", publicada pela revista IstoÉ, entre os temas a serem tratados com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, em próxima audiência pública. A reportagem trata do treinamento de militares brasileiros na Escola das Américas, conhecida, como relatou Suplicy, pelo "triste apelido de Escola de Assassinos".



03/04/2008

Agência Senado


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