Resgate de Ingrid Betancourt é comemorado por senadores



O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), Heráclito Fortes (DEM-PI), anunciou em Plenário a libertação, pelo exército colombiano, nesta quarta-feira (2), de 15 reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ), entre eles a ex-senadora franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada em 2002, quando disputava a campanha para a Presidência da República na Colômbia, e três norte-americanos contratados do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), disse que está perto do fim a "guerra intestina" na Colômbia e assinalou que até o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, já começou a se posicionar como se o seu intuito fosse a busca da paz. O senador fez um apelo para que as Farc tenham bom senso, libertem os demais reféns e negociem com o governo colombiano uma forma de participar politicamente do processo democrático, disputando votos.

- O fato é que a guerrilha está sendo dizimada. Como está, já não conta nem com a solidariedade de Hugo Chávez, que os sustentou financeiramente por tanto tempo. O fato é que o Exército regular colombiano está em condições de, dentro de pouco tempo, controlar todo o território do seu país - afirmou.

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disse que a notícia representa uma grande vitória da democracia e também da persistência e da tenacidade do governo colombiano. Azeredo observou que o presidente Álvaro Uribe não cedeu ao populismo e demonstrou que, quando as instituições democráticas funcionam, as soluções acontecem.

O senador João Pedro (PT-AM) manifestou-se contra a luta armada na América Latina como forma de atuação política. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lembrou que os 81 senadores brasileiros se empenharam pela libertação de Ingrid Betancourt. Ele disse que as Farc deveriam aceitar a proposta de paz do governo colombiano, que prevê anistia geral.

O senador José Agripino (DEM-RN) disse que não foi o presidente Álvaro Uribe nem a Colômbia que ganhou o embate contra esse "ícone da perversidade praticada por um movimento terrorista". Para Agripino, quem ganhou foi a democracia e a persistência de Uribe em combater até o fim e enfraquecer as Farc.

- As Farc entregaram os pontos - comemorou.

02/07/2008

Agência Senado


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