CRE examina indicações de duas diplomatas para cargos no exterior
Em reunião nesta terça-feira (13), a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) examinará mensagens presidenciais com a indicação da diplomata Maria Luiza Ribeiro Viotti para exercer o cargo de representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas e da diplomata Maria Dulce Silva Barros para exercer o cargo de embaixadora do Brasil em Cabo Verde.
Maria Luiza Viotti é ministra de primeira classe do quadro permanente do Itamaraty e grande oficial da Ordem do Rio Branco. A partir de 1999, quando exerceu o cargo de ministra-conselheira da Missão do Brasil nas Nações Unidas, foi chefe de delegação do Brasil junto a diversos organismos da ONU, entre eles o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Fórum Permanente sobre Assuntos Indígenas e a Comissão sobre População e Desenvolvimento.
Maria Dulce Silva Barros é ministra de segunda classe do quadro permanente do Itamaraty e detentora da Medalha do Mérito Santos Dumont. Exerceu o cargo de ministra-conselheira nas embaixadas da Argentina e dos Países Baixos. Cabo Verde representa seu primeiro cargo de embaixadora do Brasil.
Desde a independência de Cabo Verde, em 1975, o Brasil vem estreitando relações com esse país africano de língua portuguesa. Localizado a 400 quilômetros da costa ocidental da África, o arquipélago de Cabo Verde possui pouco mais de quatro mil quilômetros quadrados distribuídos em várias ilhas. Os ex-presidentes João Figueiredo e José Sarney e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitaram Cabo Verde. Também os ex-presidentes daquele país Aristides Pereira, Antonio Mascarenhas Monteiro e Pedro Pires já vieram ao Brasil, em visitas oficiais. Em 2005, o comércio bilateral foi da ordem de US$ 23,8 milhões, bastante favorável ao Brasil.
Requerimentos
Em sua reunião da semana passada, a CRE aprovou requerimento dos senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) para ouvir o ex-embaixador do Brasil junto aos Estados Unidos Roberto Abdenur sobre suas críticas a respeito do que classificou de "doutrinação ideológica no trabalho dos diplomatas". O depoimento havia sido marcado para essa terça-feira (13), mas precisou ser adiado para o final do mês, por motivos impostos pela agenda do diplomata.
A CRE também aprovou requerimento do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) que convida o chanceler Celso Amorim a comparecer à comissão a fim de prestar esclarecimentos sobre a política externa brasileira, em especial em relação ao cumprimento das metas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O depoimento também deverá ser marcado para o final do mês de fevereiro.
12/02/2007
Agência Senado
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