Cresce número de clientes insatisfeitos com bancos



 





- Cresce número de clientes insatisfeitos com bancos

- É crescente o número de brasileiros insatisfeitos com o serviço prestado pelos bancos, de acordo com os principais órgãos de defesa do consumidor do País. Só no Procon do estado de São Paulo, o volume de queixas supera em 23% a média mensal do ano passado. São 300 reclamações por mês, que incluem falhas nas transações eletrônicas, gerando prejuízos para os clientes, ou sua inclusão indevida nos cadastros de inadimplentes mantidos por empresas como a Serasa e o Serviço de Proteção ao Crédito.

Nos últimos dez dias, o Superior Tribunal de Justiça condenou bancos e financeiras em quatro processos, fato inédito em tão curto espaço de tempo. A Confederação Nacional do Sistema Financeiro recorreu ao Supremo Tribunal Federal para tentar excluir os bancos do cumprimento das regras do Código Nacional de Defesa do Consumidor, que protege os correntistas desde 1990.
O julgamento da ação no STF já está na fase final e a sentença deverá ser anunciada nos próximos dias. (pág. 1 e 17)

- A seis meses das eleições, candidatos e evangélicos alimentam um namoro cheio de interesses. Ainda assim, o apoio declarado não é garantia de voto: especialistas afirmam que nem sempre o rebanho segue o pastor.

Suspeita-se que o tamanho real desse eleitorado, que o IBGE divulgará em julho, a partir de dados do Censo 2000, seja inferior aos mais de 20 milhões propalados pelos líderes das igrejas. (pág. 1 e 3)

- Diante do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais na França, o sociólogo Loïc Wacquant, do Collège de France, afirma que a extrema-direita, de Le Pen, não cresceu muito. Significativo, diz, foi o avanço da extrema-esquerda, que em 1997 tinha 3% dos votos e agora chegou a 11%. "A base da pirâmide social votou contra a gestão de Jospin", afirma. (pág. 1 e 11)

- Apenas um terço dos 55 milhões de crianças no Brasil tem acesso a brinquedos. Atenta ao mercado de baixo poder aquisitivo, a indústria reduz investimentos em novidades movidas a pilha ou bateria e aposta nas bonecas inspiradas na TV, como a Maria Eugênia, criada por Kleber no Big Brother, ou a versão mirim do roqueiro Supla, da Casa dos Artistas. (pág. 1 e 20)

- Uma amizade cultivada nos tempos do exílio, em 1969, no Chile, ainda une o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia do PFL, e o candidato tucano ao Palácio do Planalto, José Serra. Era o momento da ascensão do socialista Salvador Allende à presidência do Chile. Havia esperança e euforia nas esquerdas e entre os brasileiros desterrados que moravam em Santiago.
Esse clima nutriu sólidos laços entre Serra e Maia. O sentimento fraterno sobreviveu. Mas a afinidade política, não.

Na última sexta-feira, aproveitando a visita ao Rio de Janeiro, Serra tomou a iniciativa de procurar o antigo aluno da faculdade de Economia da Universidade do Chile. Foi uma conversa difícil. Com o PFL sem candidato e a maioria do partido pregando a liberação das bancadas na eleição presidencial, o prefeito seria importante para ajudar na reconciliação com os tucanos. Basta deixar que os diretórios regionais do PFL decidam o rumo a tomar. (...) (pág. 4)

- Os quatro primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República vão pisar o mesmo palanque amanhã. Comemoram o Dia do Trabalho falando para cerca de duas mil pessoas, em São Paulo, em ato da Força Sindical. Garantir a presença de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Serra (PSDB), Anthony Garotinho (PSB), e Ciro Gomes (PPS) foi fácil.

Os sindicalistas ameaçaram: quem faltar terá a imagem exposta para 1,5 milhão de pessoas, numa outra festança.

No dia 1º de Maio, na Zona Norte de São Paulo, um telão gigantesco está preparado para exibir o nome do furão nos intervalos dos sorteios de dez carros, cinco apartamentos e 29 shows. Os quatro preferiram marcar presença. (...) (pág. 5)

- Depois de conceder empréstimo, autorizar reajuste extraordinário de tarifas e repassar para o consumidor os gastos das empresas com o racionamento de energia, o novo auxílio estudado pelo Governo para as empresas do setor virá na forma de subsídio às tarifas das termelétricas e gás natural.

A conta, mais uma vez, será paga pelo consumidor. As medidas estão sendo avaliadas pelo Comitê de Revitalização da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE).
A ajuda, se aprovada, pode chegar a R$ 11 bilhões. Bem mais que os R$ 7,3 bilhões garantidos pelo Governo com o reajuste extraordinário das tarifas e o empréstimo do BNDES. (...) (pág. 30)


Colunistas

COISAS DA POLÍTICA - Dora Kramer

Além de todos os seus infortúnios, a Argentina também não contou com a ajuda da sorte, quando a crise por lá explodiu no momento em que os Estados Unidos já se encontravam sob uma administração não exatamente marcada pela preocupação com o que se passa fora das fronteiras norte-americanas.

Sem se utilizar dessas palavras, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, concorda cm o conteúdo do raciocínio ao lembrar que o governo de Bill Clinton tinha um programa de apoio internacional que socorreu, não apenas o Brasil, mas também o México, a Indonésia, a Rússia e a Turquia, para citar apenas as nações que passaram por agruras mais agudas nos últimos anos.

"O presidente Bush definiu uma estratégia segundo a qual a era desse tipo de programa de ajuda passou", diz Malan, da forma mais elegante que encontra para se referir à dificuldade de George Bush em enxergar a globalização como algo que pressupõe a existência e a sobrevivência do mundo à volta dos Estados Unidos. Ele reconhece que, por causa disso, hoje o Brasil teria um custo muito mais alto no enfrentamento de uma crise como a de 1998. (...) (pág. 2)

(Informe JB - Ricardo Boechat) - O presidente Fernando Henrique Cardoso revelou a um ministro, anteontem, que o deputado Henrique Eduardo Alves, do PMDB potiguar, "está 95% certo como vice do Serra". (pág. A6)


Editorial

"ESCOLHA FELIZ"

Com a indicação do atual advogado-geral da União, o constitucionalista Gilmar Mendes, ao Senado para ocupar a vaga deixada pelo ministro Néri da Silveira, o presidente Fernando Henrique Cardoso está fazendo sua terceira indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF).

É uma escolha tão feliz como as dos ministros Nelson Jobim e Ellen Gracie - primeira mulher a ocupar uma cadeira na mais alta Corte do País. (...)

A escolha era tida como certa por ser pacífica, em termos de "notável saber jurídico", pressuposto constitucional indispensável para que alguém chegue ao Supremo. (...) (pág. 8)


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04/28/2002


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