Crescimento do País se manterá em 2014 com cenário econômico global favorável
O ritmo de crescimento da economia brasileira se intensificou no trimestre encerrado em novembro, quando o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-BR) cresceu 0,3%, na comparação com o trimestre encerrado em agosto, informou o Banco Central, por meio do Boletim Regional, publicação trimestral sobre a economia das regiões do País, apresentado nesta quinta-feira (12), em Curitiba (PR).
Segundo o BC, “o maior dinamismo da atividade no País refletiu, em especial, o desempenho [em termos absolutos] das economias do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Delineiam-se, para os próximos trimestres, perspectivas de continuidade de expansão da atividade, em ambiente de perspectivas mais favoráveis ao cenário econômico global”.
Entre as regiões, a atividade no Norte cresceu proporcionalmente de forma mais acentuada do que a média para o País, com destaque para o desempenho da indústria extrativa, da construção civil, do comércio varejista e das operações de crédito.
Para esse ano, a região deve se recuperar da desaceleração ocorrida no trimestre encerrado em novembro, quando o Índice de Atividade Econômica Regional – Região Norte (IBCR-N) cresceu 0,5%, na comparação com o trimestre anterior (2,9% no trimestre finalizado em agosto), de acordo com dados dessazonalizados.
Agora, segundo o BC, as perspectivas para o Norte indicam crescimento da atividade nos próximos trimestres, favorecida pelos impactos de um ritmo mais intenso da economia mundial sobre as exportações de produtos básicos. Também influirá a manutenção do dinamismo do mercado de trabalho interno. O setor industrial, após desempenho negativo em 2013, tende a ser estimulado pelo aumento da demanda por produtos fabricados na Zona Franca de Manaus, informa a autoridade monetária.
No Nordeste, que teve ritmo moderado na expansão econômica em 2013, as perspectivas para 2014 deverão ser favorecidas pela recuperação da agropecuária. O setor agrícola foi negativamente impactado pela seca dos últimos dois anos. Para o Centro-Oeste, as estimativas são de manutenção da renda agrícola e de seus efeitos sobre o mercado interno da região.
A economia do Centro-Oeste acelerou o retorno do crescimento no trimestre encerradoem novembro. Nessecenário, o IBCR-CO se expandiu em 0,9% no período, na comparação com o trimestre anterior (0,2% no trimestre terminado em agosto), evolução associada, em especial, ao desempenho da agricultura (dado o aumento anual de 10,8% da safra de grãos). “Por outro lado, ressalte-se a moderação, principalmente na segunda metade do ano, na atividade industrial e na varejista”, ressalva o Banco Central.
As perspectivas indicam expansão da economia do Centro-Oeste em 2014, com manutenção da renda agrícola e seus efeitos sobre o mercado interno da região.
No Sudeste, a evolução recente da atividade econômica foi impulsionada pela recuperação do setor industrial e pelo crescimento do setor de serviços e das vendas do comércio. Nesse cenário, o IBCR-SE aumentou 0,7% no trimestre encerrado em novembro, na comparação com o anterior, acumulando crescimento 1,4% no intervalo de 12 meses até novembro.
Para 2014, as perspectivas incorporam impactos da depreciação cambial sobre exportações e competitividade da indústria regional, em cenário de manutenção do dinamismo da demanda doméstica, para o que deverá contribuir os investimentos em infraestrutura em andamento.
Fonte: Portal Brasil com informações do Banco Central
14/02/2014 10:02
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