Crise em Aeroporto de Confins requer solução imediata, afirma Francelino Pereira



O senador Francelino Pereira (PFL-MG) apelou nesta quinta-feira (5) às autoridades governamentais, particularmente do setor aeronáutico, por uma solução imediata para a crise em que se encontra o Aeroporto Tancredo Neves, conhecido por Aeroporto de Confins, localizado a 130 quilômetros de Belo Horizonte (MG). O terminal aeroportuário, informou o senador, está atendendo, atualmente, menos de um terço de sua capacidade operacional

- O aeroporto de Confins está agonizando e caminha para a ociosidade, com a falta de vôos e de passageiros, atendendo hoje a cerca de 500 mil pessoas, com capacidade operacional para 5 milhões de passageiros - lamentou o senador, informando que as principais companhias aéreas não querem mais operar no aeroporto. A Tam e a Varig não operam, a Vasp quer parar e a Gol nunca operou, acrescentou Francelino.

O senador contou que tem uma preocupação especial com o terminal, pois a construção aconteceu durante seu governo, na década de 80, e custou, à época US$ 550 milhões aos cofres públicos, o que resultou em uma obra grandiosa. O aeroporto, informou, é um dos mais modernos e o único do país que dispõe de um sistema de operação de carga totalmente automatizado, além de um eficiente modelo de segurança de vôos.

Segundo Francelino, o motivo alegado pelas empresas para o uso do aeroporto da Pampulha em detrimento do aeroporto de Confins é a dificuldade de acesso a esse segundo terminal, distante do centro da capital. Para ele, no entanto, a ociosidade do terminal é resultado de um forte lobby das empresas de aviação, que preferem operar com menos segurança mas com redução de custos. O aeroporto da Pampulha, disse ele, tem capacidade para 1,6 milhão de passageiros e deve atender, este ano, cerca de 3 milhões de pessoas, sem as condições de segurança ideais para isso.

- Não importa se um aeroporto é longe ou perto do centro da cidade. Importa se o acesso até ele é fácil - argumentou o senador, sugerindo que as autoridades copiem o modelo de acesso do aeroporto Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, com vias duplas, amplas e iluminadas até o centro da capital baiana.

Francelino Pereira esclareceu que não empreende uma campanha contra o terminal da Pampulha, mas defende uma solução simultânea para o saturação deste e para o abandono do aeroporto de Confins.

- O que não se pode é abandonar uma obra de custo tão elevado - recomendou.



05/09/2002

Agência Senado


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