Crise na indústria exige ação imediata do Banco Central, afirma Paim



Apesar de a inflação estar sob controle, possibilitando a redução das taxas de juros, o país enfrenta uma grave crise no setor industrial, afirmou o senador Paulo Paim (PT-RS). Ele disse que embora o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Índice de Preços do Consumidor Amplo (INPAC) tenham recuado, -os motivos de comemoração param por aí-. O senador ressaltou que a produção industrial de maio caiu 0,3%, em comparação ao mesmo período do ano passado, elevando o índice de desemprego a 7,67%. Na avaliação do senador, o enfrentamento da crise exige o controle das taxas de juros. - A queda do desempenho industrial revela um quadro de estagnação da atividade e isso é preocupante - disse o senador, acrescentando que o futuro -não parece promissor-. Paim apresentou um estudo da Fundação Getúlio Vargas, a Sondagem Industrial de julho, que comprova insatisfação entre 45% dos empresários do ramo, enquanto 12% disseram que a situação melhorou. Quanto ao nível de demanda global, a diferença entre os que lamentam a situação e a aprovam foi a maior da década, respectivamente 43% para 9%. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), citada por Paim, uma das causas do desaquecimento da indústria está na diminuição do poder de compra do consumidor, provocada por desemprego e queda da renda. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) o problema está nas taxas de juros, disse o senador.

Para enfrentar a crise é preciso praticar uma política econômica restritiva, -focada nas taxas de juros elevadas para o controle dos preços-, defendeu Paim. Segundo o senador, o Banco Central precisa oficializar a redução das taxas de juros que já são praticadas pelo mercado, só assim -será possível retomar o crescimento econômico-.



10/07/2003

Agência Senado


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