Cristovam alerta para o problema da violência nas escolas
Segundo a Unesco, o Brasil é o segundo país do mundo em número de mortes violentas entre os jovens, só perdendo para a Colômbia. As escolas brasileiras mais violentas estão em São Paulo e no Distrito Federal. Ao divulgar essas informações da tribuna do Plenário na tarde desta quinta-feira (6), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou que, apesar de esses dados terem sido divulgados em 2002, até agora pouco foi feito para reverter tal situação.
- A violência nas escolas está clandestina, não aparece no Fantástico com a ênfase do documentário Falcão - Meninos do tráfico, mas ela é igualmente grave. O estudo patrocinado pela Unesco e realizado pela pesquisadora Miriam Abramovay apresenta dados estarrecedores. Tanto quanto os que vimos no documentário veiculado pela Rede Globo. A diferença é o público da violência e que ela não está concentrada, como nas favelas, mas diluída nas escolas - afirmou Cirtovam.
Segundo o senador pelo Distrito Federal, foram ouvidos 33 mil alunos em 14 capitais brasileiras. As principais formas de violência detectadas foram as ameaças, roubos e furtos, violência física e depredação. A capital do Brasil lidera o número de roubos e furtos em escolas. Sessenta por cento dos jovens que morrem em Brasília morrem de forma violenta.
Em aparte, os senadores Paulo Paim (PT-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Romeu Tuma (PFL-SP) elogiaram a iniciativa de Cristovam ao promover, no início desta semana, a exibição do documentário Falcão - Meninos do tráfico na Comissão de Direitos Humanos, da qual o parlamentar é presidente. Já o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) leu manchete da edição desta quinta-feira (6) do jornal Diário Gaúcho ("Tiros e pânico na escola") para ilustrar que a violência nas escolas é um problema nacional que requer soluções imediatas.06/04/2006
Agência Senado
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