Cristovam: ataques em São Paulo foram atos terroristas



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) classificou como atos terroristas as rebeliões em presídios e os ataques de bandidos a policiais militares e civis, a ônibus, bancos e prédios públicos em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, que resultaram, até agora, em mais de 90 mortos. Na opinião do senador, o objetivo foi amedrontar os policiais para desestimulá-los no exercício de seu trabalho.

- Depois os bandidos vão matar juízes, para aterrorizar o sistema judiciário; em seguida, vão assassinar políticos, para evitar a aprovação de leis mais duras - alertou.

O representante do Distrito Federal sustentou que tais atos de terrorismo, cometidos para amedrontar o aparelho do Estado, devem ser combatidos não só pelos governos municipais e estaduais, mas também pelo governo federal. Ele sugeriu a criação de uma instituição, um ministério ou um órgão subordinado ao Ministério da Defesa que tivesse o encargo de cuidar da segurança pública e trabalhasse para aperfeiçoar as forças policiais do país.

Cristovam Buarque também pediu investimentos em educação e saúde pública, além de distribuição de renda, para "parar a fábrica de violência que é a sociedade brasileira".

- Quando vemos o fogo em ônibus e viaturas, esquecemos que os que puxam hoje o gatilho há poucos anos deveriam estar brincando e estudando - e não estavam. Na maioria dos casos, o bandido de hoje foi um jovem pacífico que se desviou na vida, principalmente por razões sociais - afirmou o senador.



16/05/2006

Agência Senado


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