Cristovam Buarque anuncia que vai à COP 15 propor um novo tipo de postura para os políticos



Em pronunciamento nesta quinta-feira (10), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) informou que participará da 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas ( COP 15 ), em Copenhague, Dinamarca. Ele disse que durante o encontro da União Internacional Pan-americana vai discursar propondo uma nova postura para os políticos de todo o planeta.

Na opinião do senador, o político do século 20 precisa estar preparado para lidar não apenas com assuntos de sua comunidade, mas sim de todo o planeta, como o equilíbrio ecológico.

- Houve um apequenamento dos líderes, que deixaram de ter preocupação mundial e passaram à preocupação local. Esta é a primeira fronteira: como sair da preocupação unicamente com os seus eleitores, com a sua comunidade, e pensar na comunidade internacional? - indagou.

Os políticos também precisam adaptar-se às novas tecnologias de comunicação, acrescentou Cristovam, pois agora a interação com os eleitores passa a ser mais direta, instantânea.

- Vai haver uma mudança radical na maneira como nós políticos nos relacionamos entre nós e nos relacionamos com os eleitores - disse.

Além disso, continuou o senador, os políticos precisam substituir o antigo embate ideológico entre esquerda e direita pelo debate e diálogo sobre temas relevantes como o meio ambiente, o desenvolvimento sustentável e a importância da educação.

Por fim, de acordo com Cristovam, os políticos mundiais necessitam "sair da prisão da economia" e entenderem que as grandes transformações que a sociedade planetária precisa devem começar com mudanças na mentalidade de cada pessoa.

- A grande reforma está na cabeça das pessoas, na mentalidade das pessoas. E isso é um produto da educação. Nem vou dizer da escola, porque não é só a escola; é a escola, a mídia, é a família, são as religiões, são as amizades. Mas é a educação que vai mudar a mentalidade - afirmou.

Em aparte, a senadora Patrícia Saboya (PDT-CE) elogiou o discurso do colega e disse que a política deve recobrar seu poder transformador da sociedade e pensar em como conciliar o desenvolvimento da economia "com a defesa do planeta e das futuras gerações". Também em aparte, Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse que, além da preservação ambiental é necessário mais apoio para as pessoas que vivem na Amazônia.



10/12/2009

Agência Senado


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