Cristovam Buarque propõe vigília para discutir problemas do Senado



Ao comunicar resultado de reunião ocorrida, nesta quinta-feira (13), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu, em Plenário, ideia discutida no encontro sobre a realização de uma vigília no Senado para discutir os problemas administrativos da Casa.

De acordo com o parlamentar, a audiência, na qual seria dada oportunidade para pessoas da sociedade apresentarem sugestões e críticas para a melhoria do funcionamento da instituição, poderia ser formulada nos moldes da vigília "Amazônia para Sempre", que ocorreu o Senado em maio deste ano.

- Por que não trazer pessoas de fora do Senado para falar aqui dentro como já fizemos no caso da Amazônia? A Amazônia é fundamental, mas o Senado também.Por que não trazer o jurista Dalmo Dallari par vir aqui dizer - o que eu acho um absurdo - que não precisamos de duas casas legislativas no país? Eu considero absurdo apenas um sistema unicameral, mas vamos trazer o Dr. Dalmo Dallari para expor aqui suas razões - argumentou Cristovam.

Manifestando sua impressão pessoal relativa à existência de um clima de insatisfação geral nas ruas com o Senado, Cristovam comunicou a realização, no próximo sábado (15), de eventos em várias cidades do país para discutir a crise na instituição.

Ao defender a apuração completa de todas as denúncias apresentadas contra o presidente José Sarney (PMDB-AP) junto ao Conselho de Ética, Cristovam alertou para a necessidade de o Senado "fazer as pazes" com a sociedade, "não deixando nenhuma sujeira debaixo do tapete".

Referindo a manifestações realizadas nas cercanias do Senado, contrárias a permanência de Sarney na Presidência da Casa, Cristovam considerou "exagerada" a atuação da Polícia do Senado na repressão a jovens estudantes.

Em aparte, Mão Santa (PMDB-PI) disse que a maioria dos senadores é de bons parlamentares. Ele discordou de Cristovam sobre a necessidade de se realizar uma vigília para discutir a crise no Senado, lembrando as medidas administrativas que já estão sendo tomadas pela Mesa. Em resposta, Cristovam argumentou que, no Senado, "o joio somente será separado do trigo" se houver uma apuração completa das denúncias apresentadas ao Conselho de Ética.



13/08/2009

Agência Senado


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