NetSaber - Banco de Notícias

- Leitores escreveram aos jornais afirmando que estávamos criando uma "boquinha" para defender turistas brasileiros. Isso é um equívoco. Temos 3,5 milhões de brasileiros que trabalham duro em outros países, e que enviam ao nosso país 6 bilhões de dólares por ano. São brasileiros que enfrentam extremas dificuldades no exterior, em busca de uma vida melhor. São verdadeiros exilados por razão econômica - sustentou.

Cristovam Buarque admite que as críticas ao projeto se devem, em parte, ao desprestígio do Congresso. Lembrou que "dezenas de países" instituíram a representação de seus trabalhadores em vivem em outros países, citando a Itália, a França e Portugal.

Disse também ter recebido críticas por ter afirmado, em entrevista a uma emissora de rádio, que os brasileiros poderiam decidir, em plebiscito, se querem continuar com o seu Congresso. O senador do Distrito Federal informou, no entanto, que se o plebiscito fosse convocado ele iria para a rua defender a manutenção do Legislativo, pois o Congresso é fundamental para manutenção do regime democrático. Ele frisou que, se erros existem no Legislativo, eles têm de ser corrigidos.

Márcio Moreira Alves

No mesmo pronunciamento, Cristovam Buarque enalteceu o ex-deputado e jornalista Márcio Moreira Alves, que morreu no fim de semana. Para ele, trata-se "da morte de um dos raros heróis brasileiros, que um dia subiu à tribuna do Parlamento e fez um discurso sabendo das consequências de seu ato, que talvez levasse ao fechamento do Congresso".

- Mas era um discurso que precisava ser feito. Ele não fez a transigência incorreta. Ele fez a intransigência correta. Márcio Moreira Alves vai fazer falta mas, ao mesmo tempo, ele nos deixa um exemplo que nós não estamos querendo seguir hoje. Nós estamos transigindo em tudo - lamentou Cristovam Buarque.

Da Redação / Agência Senado

Artigos Relacionados