Ideli contesta críticas da oposição



A líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), afirmou, nesta quarta-feira (7), que, com as correções que estão sendo feitas em relação ao fim da cumulatividade do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), vai ser mantido o compromisso do governo Lula da Silva de não aumentar a carga tributária. Ela lembrou que o Congresso já votou uma medida provisória que corrige a proposta em relação a vários setores e que a Câmara está votando novas correções para as áreas de alimentos e fertilizantes.

Ideli destacou que, ao término de 2003, houve um aumento de apenas 0,16%, “reconhecido por todos como aumento residual que se deve exclusivamente ao fim da cumulatividade do PIS e da Cofins”. A senadora solicitou a transcrição, nos anais do Senado, de artigo de Sonia Racy publicado no jornal O Estado de S. Paulo no último dia 2, que contém uma análise a respeito de diagnósticos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (Ibpt). O Ibpt, segundo a líder, tem, de três em três meses, anunciado valores astronômicos da carga tributária.

- O instituto acabou de anunciar que passou de 40%. Isso na lógica do Ibpt, porque ele faz a pesquisa no primeiro trimestre, durante o qual a incidência de determinados impostos eleva sazonalmente o peso da carga tributária. No ano passado, o mesmo Ibpt anunciou o aumento da carga tributária em 39,95%. E agora, em 40,1%. Qual é a diferença entre o primeiro trimestre do ano passado e o deste ano? De 0,06% - afirmou.

   De acordo com a líder do PT, o artigo informa que quem acessa o site do Ibpt vai verificar que, ao longo do ano, o instituto alterou quatro vezes seus diagnóstico de explosão de carga tributária. A senadora disse que contestava “os que ficam com números apocalípticos, do caos”, quando os indicadores econômicos são positivos.

 Ideli contestou ainda críticas feitas ao governo por senadores oposicionistas na sessão da terça-feira (6), em Plenário. Sobre a discriminação na distribuição de verbas, que estaria beneficiando aliados do governo e punindo oposicionistas, a líder disse que, quando é liberado dinheiro do governo federal, não é levado em consideração se o município é administrado por um prefeito ligado à base do governo. 

Quanto à declaração do presidente Lula da Silva de que o Congresso Nacional é moroso, Ideli indagou:

-  O que tínhamos na pauta para votar ontem? A Lei de Falências, que está, se não me engano, há 14 anos no Congresso. E a reforma do Judiciário, que está há 12 anos. O presidente Lula falou o óbvio, o que estava na pauta de ontem – acrescentou.  



07/07/2004

Agência Senado


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