Cristovam defende cruzada em favor da educação



Em discurso nesta terça-feira (3), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) convidou os parlamentares a participarem do Movimento Educação Já, que vem promovendo caminhadas em diversas cidades do país em defesa da qualidade do ensino. O senador ressaltou que a educação é um instrumento capaz de garantir oportunidade igual a todos e de unir os representantes de todas as correntes políticas da atualidade.

- Queremos um Brasil onde todos tenham a mesma chance. Precisamos de uma nova utopia. Falta um movimento que grite 'Educação Já', como gritamos 'Diretas Já' e 'Anistia Já'. Mas há uma diferença: esta Casa, naquele momento, dividiu-se entre os que queriam e os que não queriam as eleições diretas e a anistia. Mas agora, com a Educação, talvez possamos, pela primeira vez, ter uma bandeira que unifique a todos nós - disse Cristovam, comparando a caminhada em defesa da educação com os movimentos pela redemocratização política do país, ocorridos nos anos 70 e 80.

O lançamento nacional do movimento ocorreu no dia 24 de março deste ano, em Fortaleza. A capital foi a escolhida pelo fato de o Ceará ter sido o primeiro estado brasileiro a decretar a abolição da escravatura, em 25 de março de 1884, quatro anos antes de a princesa Isabel assinar a Lei Áurea. No dia 2 deste mês, a caminhada foi realizada em Curitiba. As próximas passeatas serão realizadas no município capixaba de Serra (9 de abril), em Belo Horizonte (27 de abril), e nas cidades de Ouro Preto e Mariana (28 de abril).

No entender de Cristovam, a violência, o desemprego e a desigualdade social são frutos da falta de oportunidade e poderiam ser combatidos com o aprimoramento da educação. A saída, disse, seria oferecer a mesma qualidade de ensino a ricos e pobres, fazendo com que "a escola da favela" fosse igual à "escola do condomínio", o que iria representar um "avanço no processo civilizatório do país".

- Hoje, a revolução, a utopia é [imaginar] a mesma chance para todos. E o caminho para isso não é desapropriar indústrias, não é estatizar capital, não é planificar, não é aumentar a intervenção do Estado, como tantos defendiam antes - explicou.

Cristovam Buarque também defendeu uma cruzada em favor da valorização do salário mínimo, com o reajuste do benefício vinculado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Em apartes, os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Cícero Lucena (PSDB-PB) manifestaram apoio ao colega.

03/04/2007

Agência Senado


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