Cristovam defende uma revolução no próprio conceito de revolução



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu nesta quinta-feira (15) uma revolução que comece pelo próprio conceito de revolução. Ele classificou a proposta como uma "revolução doce", em que não se modifique regimes econômicos, mas procure-se obter um capital sintonizado no futuro através da educação.

- No lugar das armas, o lápis; no lugar dos guerrilheiros, professores; no lugar da desapropriação, a disseminação do conhecimento - ensinou.

Cristovam lembrou que na reunião desta quinta-feira da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), da qual faz parte, foi aprovado um projeto de lei da ex-senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA) que proíbe o acesso a incentivos fiscais para as empresas agrícolas que utilizem trabalho escravo.

- Tem alguma coisa errada nesse país. É grave que, no século 21, tenhamos passado uma hora discutindo um projeto para não dar incentivo a quem explora trabalho escravo. A gente precisa de uma revolução e não de medidas paliativas que não resolvem o problema. Votei a favor dessas medidas, porque é melhor com elas do que sem elas, mas não é o ideal. Está na hora de pensarmos um pouco maior e com mais lucidez - afirmou.

O senador também defendeu o aumento da idade de saída da escola e o tempo de permanência na escola. Ele disse que as crianças deveriam freqüentar escolas de tempo integral, dos 4 aos 18 anos de idade. Para Cristovam, o último gesto radical de inclusão que houve no Brasil foi a abolição da escravatura, ironicamente concretizado por uma princesa.

15/02/2007

Agência Senado


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