Cristovam diz que poucos como Brizola têm histórico de 50 anos de luta



Na homenagem que o Senado prestou nesta terça-feira (22) ao ex-governador Leonel Brizola, o senador Cristovam Buarque (PT-DF) disse que poucos líderes no Brasil podem apresentar um histórico de 50 anos de luta coerente no compromisso com os valores do nacionalismo e da causa trabalhista. Ele afirmou que Brizola deixa um exemplo de valentia, coerência, austeridade e compromisso com a educação.

Da mesma forma, Cristovam Buarque estimou que, em 500 anos de história do Brasil, apenas Brizola carregou a luta em favor da educação infantil como a cruzada de sua vida. O senador sustentou ainda que raros políticos foram às ruas, como Brizola, combater com armas as forças golpistas dos militares. Ele acrescentou que poucos políticos marcaram sua vida pela austeridade e a honestidade do homenageado.

- Por isso, Brizola é único: líder, valente, por 50 anos sempre nacionalista e trabalhista, e levando a educação como sua bandeira. Ele vai fazer uma falta enorme no cenário nacional - afirmou.

Em sua homenagem, Cristovam Buarque lastimou que Brizola não tenha tido êxito em sua campanha para presidente da República em 1989. Em sua opinião, sua eleição 15 anos atrás, -poderia ter permitido a virada responsável à esquerda de que o Brasil e a América Latina precisavam, nas vésperas da aventura neoliberal iniciada pelo vencedor das eleições-.

Na opinião do senador, Brizola teria significado uma posição forte no cenário internacional, a reorientação das prioridades em direção à educação, a responsabilidade na gestão pública e o exemplo de vida austera e honesta.

Cristovam Buarque também testemunhou que foi Brizola quem valorizou uma expressão nem sempre do agrado da política brasileira - -o "não" contra os poderosos-. Enaltecendo a coerência do homenageado, o senador testemunhou que foi por entender que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não priorizava a educação e não defendia a nacionalidade que Brizola passou para a oposição.

- Ele morreu criticando, seguindo o que sua consciência lhe dizia - concluiu.



22/06/2004

Agência Senado


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