Cristovam elogia trabalho da diplomacia brasileira na Rodada de Doha



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) voltou a elogiar o trabalho da diplomacia brasileira. Desta vez, na reunião da Organização Mundial de Comércio (OMC), a chamada Rodada de Doha , ocorrida há cerca de duas semanas em Genebra, na Suíça. O encontro pretendia estabelecer um acordo global para questões como tarifas de importação e subsídios agrícolas, mas as propostas encaminhadas foram rejeitadas e as negociações voltaram ao ponto de partida.

Citando o candidato à Presidência dos Estados Unidos, senador Barack Obama, Cristovam disse que, apesar da modernidade alcançada pelo mundo desde a explosão da primeira bomba atômica, sobre a cidade japonesa de Hiroshima, até o a derrubada do muro de Berlim, ainda existem muitos muros, como o racismo, a deseducação e a desigualdade social.

- Esses muros não foram derrubados e vão exigir três caminhos diferentes: impedir a marcha do aquecimento global, que poderá provocar a destruição da vida na Terra e inviabilizar as gerações futuras; garantir educação com a máxima qualidade para todos, em escala global; e utilizar o comércio internacional como instrumento capaz de derrubar o muro da desigualdade, permitindo o aumento da renda nos países pobres - afirmou.

Na avaliação do senador, isso é o que foi tentado pela diplomacia brasileira em Genebra. Cristovam disse que os diplomatas lutaram pelo corte médio nas tarifas de importação de produtos agrícolas, pela redução nas tarifas do etanol, nos subsídios a tecidos e calçados e nas tarifas sobre produtos industriais. Ele assinalou que, em nenhum momento, houve qualquer proposta que ferisse os interesses do Mercosul. Para Cristovam, o fracasso das negociações não foi culpa da diplomacia brasileira, mas da incompreensão e da intransigência de outros países.

06/08/2008

Agência Senado


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