Rodada de Doha poderá ser retomada, diz embaixador a Heráclito
As negociações da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), que chegaram a um impasse em julho, poderão ser retomadas em setembro, em Genebra. A previsão foi feita nesta quarta-feira (27) pelo embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, subsecretário-geral para Assuntos Econômicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores, pouco antes de uma visita ao presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
- Este será o primeiro encontro dos altos representantes depois do impasse ocorrido em julho. O tempo de duração dessa reunião vai depender das perspectivas das negociações - disse Azevêdo, para quem a conclusão da Rodada de Doha pode ficar para o ano que vem.
O principal ponto pendente nas negociações, recordou o embaixador, foi o estabelecimento de salvaguardas especiais na área de Agricultura para países em desenvolvimento. A falta de um acordo, advertiu, poderá abrir espaço para cada vez mais protecionismo dos países ricos.
Desde a interrupção das negociações, disse ainda o embaixador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, têm dialogado com diversos líderes mundiais em busca de uma saída para o impasse. Da mesma forma, relatou, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, já visitou países como a Índia e os Estados Unidos, igualmente na tentativa de retomar as negociações.
Na opinião do presidente da CRE, a Rodada de Doha da OMC deve ser considerada uma "pauta prioritária" para o Brasil.
- Não devemos esperar facilidades nas negociações, mas não podemos desistir - afirmou Heráclito.
27/08/2008
Agência Senado
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