Cristovam pede que governador do DF esclareça denúncias de enriquecimento ilícito




O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ocupou a tribuna, nesta quinta-feira (15), para aconselhar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, a disponibilizar ao Ministério Público e à sociedade informações sobre sua vida financeira e fiscal a fim de esclarecer denúncias, veiculadas pela imprensa, de enriquecimento ilícito de sua família.

Em reportagem recente exibida pelo Jornal Nacional, da TV Globo, o deputado federal Fernando Franceschinni (PSDB-PR) acusou Agnelo de ter facilitado o registro de uma empresa de importação de medicamentos, quando foi diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em troca de vantagens para parentes.

Considerando-se responsável pela eleição de Agnelo, devido a sua participação proeminente na campanha, Cristovam disse que o governador do Distrito Federal, pela importância que tem Brasília no cenário nacional, não tem o direito de continuar deixando as suspeitas que existem sobre ele sem uma resposta clara para a sociedade.

- E não é o que a gente tem visto [uma resposta clara do governador]. O que a gente tem visto é uma posição de que já entrou na Justiça contra os caluniadores, de que não deve nada, de que a palavra do governador vale mais do que as dos outros. Isso não está bastando. Essa posição está constrangendo e envergonhando a cidade - disse.

Na avaliação de Cristovam, seria necessária uma grande mobilização dos eleitores do Distrito Federal para cobrar esclarecimentos do governador Agnelo. Ele cobrou também dos estudantes de Brasília um posicionamento mais ativo no caso do governador Agnelo.

- Esses jovens não podem ficar encabulados e escondidos agora. Eles têm que ir para a rua, defender o governador Agnelo ou denunciá-lo e pedir que seja tratado como foi o governador Arruda. Não podemos ter dois pesos e duas medidas - afirmou.

Em apartes, os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Ivo Cassol (PP-RO) e Pedro Taques (PDT-MT) parabenizaram Cristovam pelo pronunciamento.



15/12/2011

Agência Senado


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