Cristovam quer juventude em defesa da federalização do ensino básico
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lançou um desafio, nesta quinta-feira (8) em Plenário, à juventude brasileira para, a exemplo dos secundaristas do Chile, organizarem uma mobilização nacional pela federalização da educação básica. Além da greve dos estudantes chilenos pela federalização do ensino, Cristovam comentou o lançamento do projeto de reforma universitária pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva; a invasão de policiais a escola no Rio de Janeiro, que deixou 17 alunos feridos; e o quebra-quebra promovido pelo Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) no Congresso.
Ao mesmo tempo em que levantou a bandeira da educação básica como prioridade nacional e responsabilidade do governo federal, o senador classificou como "um gesto de marketing" o anúncio de envio do projeto de reforma universitária ao Congresso, feito pelo presidente Lula nesta quinta-feira (8).
- Não é possível que a educação básica continue a ser entregue à pobreza e à desigualdade que há em nossas prefeituras - afirmou, acusando o presidente Lula de abandonar projetos educacionais do início de sua gestão.
As duas invasões registradas demonstrariam, na sua opinião, que a democracia vive "uma situação tênue". Cristovam enxergou ainda nos episódios "uma agressão à sacralidade" do ambiente escolar e da "Casa do Povo", rompida pela invasão policial e pela baderna que destruiu bens públicos na Câmara dos Deputados. Ambos também teriam representado uma "ameaça à democracia".
Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) apontou Cristovam como "pai e mãe" do programa Bolsa-Família, já que coube a ele implantar, quando governador do Distrito Federal, o Bolsa-Escola, primeiro programa de transferência de renda do país. O senador José Jorge (PFL-PE) criticou declaração da representante do Incra em Pernambuco, Maria de Oliveira, que teria acusado o Congresso de ser responsável pela invasão de suas dependências e incompetente ao lidar com os sem-terra.08/06/2006
Agência Senado
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