Cristovam quer um modelo de crescimento econômico com mais justiça social




Provocado pelo discurso de Roberto Requião (PMDB-PR), que questionou a ausência de medidas para fortalecer a economia brasileira diante dos riscos da crise internacional, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) sugeriu a adoção de um novo modelo de crescimento econômico que seja ambientalmente viável, capaz de produzir mercadorias de alta tecnologia e que garanta qualidade de vida e emprego para as pessoas.

Isso será possível, disse Cristovam, se o país deixar de fazer somente mudanças pontuais e atentar para uma mudança de cunho ideológico que perpassa os quatro componentes habitualmente vinculados à economia: o aspecto econômico, político, social e ambiental.

Como exemplo, o senador afirmou que mesmo que o etanol venha a ficar mais caro, seu uso é preferível porque é sustentável e custa menos para a natureza. Além disso, ele mencionou uma tendência de pensamento existente na Europa conhecida como "descrescimento feliz", que defende a redução da jornada de trabalho a fim de que o trabalhador tenha tempo para atividades que lhe tragam conforto e bem-estar.

Crise

Cristovam concordou com Requião quando este fez um alerta para a perspectiva de o Brasil, em breve, sofrer uma crise semelhante à vivida por países como Grécia e Itália, por ter a economia excessivamente dependente da exportação de "poucas commodities", que podem perder preço e competitividade no mercado internacional.

Em aparte, Requião, que introduziu o assunto em Plenário nesta sexta, manifestou preocupação pelo fato de o governo não adotar medidas como aumento salarial e redução de impostos, e criticou a falta de financiamento à produção e de estímulo ao mercado interno.

15/07/2011

Agência Senado


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