Cristovam questiona se dirigentes do mundo estão à altura do momento



Após ler em Plenário, nesta terça-feira (12), o discurso de despedida do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) perguntou se os dirigentes do mundo estão à altura do momento e da responsabilidade que recai sobre eles. Cristovam comparou as situações internacionais com as vividas internamente no Brasil e aplicou as cinco lições aprendidas por Kofi Annan aos problemas brasileiros.

A primeira lição, disse o senador, é que todos são responsáveis pela segurança de todos e, a segunda, que somos responsáveis pelo bem-estar de todos.

- Sem solidariedade, nenhuma sociedade pode ser verdadeiramente estável - frisou.

A terceira lição, apontou Cristovam, é que a segurança e a prosperidade dependem do respeito aos direitos humanos e ao estado de direito. A quarta lição aponta para obrigatoriedade de os governos serem responsabilizados pelos seus atos, tanto na cena internacional como na nacional. A quinta e última lição é a responsabilização dos estados feita por intermédio de instituições multilaterais.

- Mais do que nunca, a humanidade precisa de um sistema mundial que funcione. E a experiência tem demonstrado, repetidamente, que o sistema é pouco eficaz quando os Estados estão divididos e carecem de liderança, mas funciona melhor quando há unidade, uma liderança clara e a participação de todos. Sobre os dirigentes do mundo, os de hoje e os de amanhã, recai uma grande responsabilidade. Compete aos povos do planeta assegurar que se mostrem à altura dessa responsabilidade - concluiu.



12/12/2006

Agência Senado


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