Cristovam sugere bandeira da escola igual para todos



Em discurso no Plenário nesta sexta-feira (2), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) prestou homenagem aos trabalhadores pela passagem do 1º de Maio, mas sugeriu que se lute por uma bandeira maior do que a de jornadas menores, mais salário e férias.

- Ontem fiz a proposta que o próximo primeiro de maio seja dedicado à luta por uma idéia revolucionária, que a gente junte forças, independentemente do partido do qual faça parte, para garantir que a escola seja igual para todos - sugeriu.

O senador deseja que os filhos dos pais que recebam salários altos e os filhos dos pais que tenham salários baixos freqüentem escolas da mesma qualidade. O grande objetivo, explicou o senador, é pôr o filho do trabalhador na mesma escola do filho do patrão.

- Essa é a verdadeira revolução. Hoje a luta de classes é sobre o conhecimento, sobre quem tem e quem não tem conhecimento - disse Cristovam.

O senador destacou que o Dia do Trabalho comemora vitórias conseguidas por lutas do trabalhador, graças às quais se conseguiu, por exemplo, jornadas de oito horas diárias, férias, licença-maternidade e salário mínimo, entre outros direitos trabalhistas.

Cristovam afirmou que essas lutas sempre foram impregnadas com a idéia do socialismo: o ideal que o mundo um dia tivesse um sistema econômico que prescindisse da idéia de lucro separado de salário, lucro esse que "seria guardado para as próximas gerações e serviria também para financiar serviços que a pessoa receberia do Estado".

Mas, ao chegar ao século 21 e perceber que o socialismo não trouxe um "trabalho mais livre, salário mais altos, liberdade individual mais plena", analisou, estão sendo buscadas novas propostas. Cristovam acredita que continua a procura para um mundo em que "nem o trabalhador nem o capitalista sofram tanto" e onde seja possível "superar, sobretudo, a destruição ecológica que nossa sociedade, tanto capitalista quanto socialista, produziu".

Em aparte, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) sugeriu também que se discuta a obrigatoriedade do imposto sindical. Para o senador, a contribuição aos sindicatos deveria ocorrer de modo voluntário. 



02/05/2008

Agência Senado


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