Cristovam sugere que reitor da UnB se licencie do cargo



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ocupou a tribuna, nesta segunda-feira (7), para propor uma solução para o caso da ocupação da reitoria da Universidade de Brasília (UnB) por estudantes que reivindicam o afastamento do reitor da instituição, Timothy Mulholland. A ocupação da reitoria começou, na última quinta-feira (3), com um grupo de 100 alunos. Atualmente, segundo o senador, mais de 500 estudantes encontram-se no local.

Ao apelar por um acordo entre os dois lados, a fim de evitar uma eventual tragédia na desocupação do prédio pela Polícia Federal, Cristovam sugeriu a criação de uma comissão para investigar a legitimidade, e não apenas a legalidade, dos atos do reitor questionados pelos estudantes, referentes a gastos elevados com mobiliário de sua moradia funcional. A criação da comissão se daria após um pedido de licenciamento do reitor, seguido da saída dos estudantes das instalações da reitoria.

- Por que o reitor não se licencia por um prazo? Os alunos desocupam o prédio por esse prazo e cria-se uma comissão para analisar o que houve de fato, o que a mídia exagerou ou não; quais foram os gastos naquele famoso apartamento funcional; discute-se o envolvimento ou não do reitor diretamente; se foi por omissão diante de atos de alguns dos seus auxiliares, ou se foi ele próprio que decidiu - ponderou.

Cristovam pediu à Justiça que amplie o prazo de 24 horas dado aos estudantes para a desocupação.

- Não quero estar a favor ou contra essa reivindicação, mas, como os alunos estão agindo com convicção, vai levar algum tempo para que aceitem retirá-la de sua pauta de reivindicações - observou.

O parlamentar apelou ainda à Polícia Federal para agir com moderação na hipótese de ter de levar adiante a ação de desocupação e cobrou dos ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Educação, Fernando Haddad, maior empenho na solução do caso.

Em apartes, os senadores pelo Piauí Heráclito Fortes (DEM) e Mão Santa (PMDB) parabenizaram Cristovam pelo pronunciamento. Heráclito alertou o governo para a necessidade de empreender uma mediação mais concreta no caso e pediu ao reitor Timothy Mulholland que avalie melhor a viabilidade do enfretamento. Já Mão Santa defendeu o direito de os estudantes se revoltarem contra a "corrupção que campeia no país" e se dispôs a auxiliar na resolução do conflito.



07/04/2008

Agência Senado


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