Cristovam sugere que saída para a crise tenha também dimensão social e ecológica
"Para sair da crise, o Brasil tem que fazer uma inflexão e inovar, procurando uma saída não só no campo das finanças e da economia, mas também de dimensão social e ecológica". A sugestão foi apresentada nesta sexta-feira (20) pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), em discurso da tribuna do Plenário.
Na opinião do parlamentar pelo Distrito Federal, já está comprovado que a crise financeira não é apenas uma "marola", como afirmou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ao contrário, trata-se de "tsunami" de grandes proporções, de uma situação que não pode ser ignorada, alertou.
- Temos que refletir sobre a nossa responsabilidade neste momento, pois ficar alheio é um crime contra a imagem do Brasil e da história desta Casa. Precisamos de uma proposta nova, diferente, alternativa e revolucionária. Precisamos de uma revolução e não de um PAC - afirmou o senador, referindo-se ao Programa de Aceleração do Crescimento implantado pelo governo Lula.
Essa revolução, na opinião de Cristovam, se dará fazendo do Brasil um produtor da indústria do conhecimento, principalmente na área da educação. Ele defendeu que sejam atacados o desemprego e o analfabetismo, combatendo, segundo explicou, outra grave crise que assola o país, "uma crise educacional profunda".
Cristovam sustentou ainda que, para resolver essa crise, é preciso investir na qualificação do professor, começando pela implantação de uma melhor política salarial.
- Mas a educação só vai melhorar se esse dinheiro for vinculado à qualidade da educação, ou seja, vinculando ao resultado que esses professores terão em sala de aula - afirmou Cristovam.
20/03/2009
Agência Senado
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