CUNHA LIMA FALA DE POESIA NA TV



"Não existe conflito entre a política e a poesia, mas uma simbiose, uma troca entre as duas atividades. O poeta procura o político, quando precisa ser mais racional, e o político recorre ao poeta, quando sente a necessidade de ser mais emocional." A reflexão partiu do senador e poeta Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB), em entrevista ao jornalista Fernando Cesar Mesquita. O programa, que será reapresentado pela TV Senado nesta segunda-feira (8), às 17h e às 23h, privilegia a produção cultural do senador e abre espaço para que ele declame alguns de seus versos e opine sobre temas como criação poética, invasão de estrangeirismos na Língua Portuguesa e cultura popular.Autor de várias obras de poesia, como 50 Canções de Amor, Versos Gramaticais e Livro dos Tercetos, Ronaldo Cunha Lima classifica seus poemas como românticos. Ele revela um gosto especial pela composição de sonetos, mas garante não ter preferência por uma ou outra poesia. Afinal, explica, "poemas são como filhos. Não podemos ter preferência. É como ter de escolher entre as cores do arco-íris".O ponto alto do programa é a declamação da poesia Habeas, Pinho, acompanhada pelo violonista Carlinhos, e pela flautista Dolores. O senador explica o contexto em que criou o poema: em Campina Grande (PB), um tocador foi autuado em flagrante por perturbar o sossego público e teve seu violão apreendido pela Justiça. Para conseguir a liberação do instrumento, o boêmio contratou Cunha Lima, que havia se formado recentemente em Direito. Sabendo que o advogado era também poeta, o juiz disse que só deferiria a petição se ela fosse feita em forma de verso, o que motivou a criação de um dos poemas mais conhecidos do senador.

05/02/1999

Agência Senado


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