Cúpula abriu caminho para entendimento entre nações, diz primeiro-ministro espanhol



Os principais líderes que participaram da Cúpula União Europeia, América Latina e Caribe, em Madri, classificaram o encontro como “um grande sucesso”, segundo informações divulgadas pelo primeiro-ministro José Luis Zapatero na página do governo espanhol na internet.

Zapatero ressaltou que os países que participaram da Cúpula representam uma comunidade que movimenta 15 bilhões de euros, o que indica um imenso potencial para a criação de associações e negócios direcionados “ao progresso, à cooperação e ao entendimento” entre as nações.

O primeiro-ministro espanhol ressaltou que foram alcançados importantes avanços, como o reinício dos negócios entre a União Europeia e o Mercosul, bloco comercial formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai e Paraguai, e do qual a Bolívia e o Peru são associados.

Zapatero informou que também houve avanços consideráveis para uma associação entre a União Europeia e os países da América Central, além da criação de um plano de ação de facilidades financeiras que poderá movimentar recursos para investimentos em infraestrutura na América Latina.

Os detalhes sobre os acordos e associações decididos no encontro de 60 presidentes e chefes de Estado ainda não foram divulgados.

Do ponto de vista político, o primeiro-ministro espanhol afirmou que, durante a cúpula, discutiu-se a reforma do sistema financeiro internacional e surgiram propostas que serão apresentadas na próxima reunião do G20. Os governantes reunidos em Madri ressaltaram que é imprescindível a modificação do sistema financeiro internacional que está vigorando há décadas sem se adaptar aos novos tempos.

Zapatero também afirmou que a União Europeia constatou, “com especial satisfação”, a verdadeira fortaleza em que a América Latina se transformou durante a prolongada crise econômica e financeira internacional iniciada em 2008.

O primeiro-ministro disse que as nações reunidas em Madri serão mais soberanas se a colaboração entre elas for reforçada. “Buscaremos mais liberdade e desenvolvimento para nossos povos se abrirmos nossas fronteiras e se entendermos que o desenvolvimento e as desigualdades de um país afetam toda a comunidade internacional”.

Fonte:
Agência Brasil

 



19/05/2010 18:50


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