Cyro quer garantir recursos do pré-sal para a educação



A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) deverá promover um “acompanhamento especial” da destinação dos royalties provenientes da exploração de petróleo na camada pré-sal, anunciou nesta quarta-feira o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), logo após ser eleito presidente do colegiado. Por meio desse trabalho, prosseguiu, a comissão ajudará a tornar realidade o uso dos recursos dos royalties na melhoria da educação brasileira.

- Existe um consenso no sentido de se destinar os recursos à educação. A comissão deve estar atenta, pois esta deve ser vista como uma questão de Estado – afirmou.

Cyro foi eleito em reunião presidida pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS). A senadora Ana Amélia (PP-RS), escolhida para vice-presidente da comissão, ressaltou a importância do trabalho que vem sendo realizado pela CE nas áreas de educação, cultura e esporte. Ela citou, entre outras conquistas recentes da comissão, a aprovação no ano passado da Lei Geral da Copa e o adiamento da vigência do acordo ortográfico entre os países de língua portuguesa, para que haja mais tempo de adaptação às novas regras.

No início da reunião, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), em nome da liderança do PSDB, pediu a aprovação por aclamação da chapa formada por Cyro e Ana Amélia. Seu partido, como relatou, considerou inicialmente as hipóteses de comandar a CE ou a Comissão dos Serviços de Infraestrutura (CI), mas acabou optando pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte por entender que a educação é a “infraestrutura das infraestruturas, a infraestrutura da cidadania e das oportunidades”.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) elogiou Cyro e Ana Amélia e lamentou que a educação ainda não tenha “seu espaço devido” no país, que não universalizou o ensino médio e conta com 9% de analfabetos. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) lamentou a “vergonhosa e constrangedora posição” do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Por sua vez, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) lembrou a criação, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef).

O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) considerou a educação “um dos grandes gargalos do crescimento de nosso país”. O senador Magno Malta (PR-ES) defendeu a inclusão do debate sobre as drogas nas escolas brasileiras. Por sua vez, o senador José Agripino (DEM-RN) pediu prioridade ao tema da educação fundamental, “onde mora nosso maior problema”.

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) pediu que se promova no país uma “busca ativa” dos analfabetos, da mesma forma que o governo busca as pessoas em extrema pobreza para incluí-las em seus programas sociais. O senador Waldemir Moka (PMDB-MS), eleito presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), pediu que as duas comissões trabalhem “em sintonia” para enfrentar problemas como o uso de drogas. O senador Benedito de Lira (PP-AL) citou o exemplo da Coreia do Sul, pelos investimentos em educação, e lamentou que a região Nordeste ainda seja um “depósito de analfabetos”.

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) pediu que a educação tenha “centralidade absoluta na agenda do país”. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) solicitou atenção da comissão para o tema da evasão de 900 mil estudantes universitários de 2008 a 2009.

Por fim, a senadora Ângela Portela (PT-RR) e o senador José Pimentel (PT-CE) ressaltaram a importância do debate, pela comissão, do Plano Nacional de Educação, com metas a serem estabelecidas para o setor pelos próximos 10 anos.



27/02/2013

Agência Senado


Artigos Relacionados


Perillo quer garantir recursos orçamentários permanentes para o Incor-DF

Eduardo quer garantir verbas para a gestão de recursos hídricos

FREIRE QUER GARANTIR RECURSOS PARA A REDE PÚBLICA DE SAÚDE

Cyro Miranda quer que PNE seja aprovado até 15 de novembro na Comissão de Educação

Alberto Silva quer garantir recursos públicos para saúde bucal

Geraldo Mesquita quer garantir recursos para o Conselho de Economia Solidária